Telecom Italia quer parceiro financeiro ou industrial após segregar infraestrutura

CEO da TIM, Pietro Labriola

A estratégia da Telecom Italia de separar serviços e infraestrutura fixa em duas empresas distintas envolve a atração de um sócio industrial ou financeiro para a parte de redes, afirmou o CEO da controladora da TIM, Pietro Labriola.

Durante call sobre o plano industrial aprovado pelo conselho e os números da empresa em 2021, o executivo abordou as duas alternativas como desfechos possíveis. "O que estamos esperando é que o 'carve-out' nos permita escolher um parceiro industrial – que pode ser a CDP e a Open Fiber – ou um parceiro financeiro, que nos permita diminuir o nível de investimento necessário para a estratégia de FTTH", sinalizou Labriola.

Nos dois cenários, conversas estão em curso e podem resultar em novidades nas próximas semanas. No caso da concorrente Open Fiber, a possível fusão ecoa a proposta de rede única de fibra óptica para a Itália. Já se a escolha por um parceiro financeiro for priorizada, o fundo KKR surge como possível envolvido; além de proposta para assumir controle da Telecom Italia, os norte-americanos já são sócios da operadora na FiberCop.

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Segundo Labriola, a operadora estaria disposta a abrir mão de controle da chamada NetCo para viabilizar a atração de um parceiro. Além da empresa de infraestrutura fixa, o plano da Telecom Italia envolve a criação de uma ServCo reunindo a TIM Brasil e clientes de consumo e B2B no país sede. Detalhes da estratégia de segregação aprovada pelo conselho da tele devem ser detalhados dentro de três meses.

Impacto

Após a divulgação do plano e dos números da Telecom Italia em 2021, as ações da companhia despencaram quase 14% na bolsa italiana ao longo desta quinta-feira, 3. Além do prejuízo de mais de 8,6 bilhões de euros no ano passado (sobretudo por conta de provisões contábeis e fiscais), a empresa projetou pressão sobre o Ebitda e queda nas receitas em 2022.

Por outro lado, os resultados da TIM Brasil foram bastante comemorados, bem como a perspectiva para a operação brasileira após a integração de ativos adquiridos da Oi. O sucesso da empresa no leilão do 5G e a criação da operação de redes neutras I-Systems também foram pontuados.

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