Nextel Brasil agora tem mais clientes com 3G/4G do que iDEN

A Nextel Brasil conseguiu reduzir o prejuízo, economizar os custos operacionais e, sobretudo, reverter o mix da base de acessos móveis em 2015. Agora, a operadora tem a maioria dos clientes nas tecnologias 3G e 4G, um passo significativo em direção à melhora na obtenção de receitas apesar do ano difícil na economia.

Em seu balanço financeiro referente ao final do ano passado, a controladora Nii Holdings deu destaque para o crescimento de 65,06% da base de acessos WCDMA no Brasil, embora também englobe as conexões LTE no Rio de Janeiro. A companhia fechou o ano com 2,760 milhões de acessos nessa tecnologia. Já as conexões iDEN (trunking) caíram 40,74% e ficaram em 1,581 milhão de acessos. É uma grande mudança para a Nextel, que inverteu totalmente o mix de tecnologias no intervalo de um ano – em 2014, a maioria era de iDEN (2,669 milhões), enquanto o 3G contava com 1,672 milhão de acessos.

A companhia destaca o cenário macroeconômico brasileiro em deterioração, mas o CEO da Nii, Steve Shindler, diz em comunicado que conseguiu redução de US$ 54 milhões em gastos operacionais no último trimestre. O CFO, Dan Freiman, afirmou que em 2016 planeja continuar a tomar medidas para aumentar a liquidez, "incluindo esforços para capturar ainda mais reduções de custos e diminuir nossas despesas de capital".

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Resultados

A Nextel fechou o ano passado com prejuízo de US$ 84,279 milhões, redução em relação ao prejuízo de 2014, que foi de US$ 133,691 milhões. No trimestre, a operadora voltou a apresentar lucro operacional, apesar de ter sido somente US$ 1,763 milhão. Ainda assim, melhora em relação ao prejuízo de US$ 49,314 milhões no comparativo com o trimestre anterior.

A empresa registrou receita operacional de US$ 1,213 bilhão em 2015, uma queda de 34% em relação a 2014. Considerando apenas o último trimestre, a queda foi ainda maior: 43%, total de US$ 244,7 milhões. A receita média por usuário (ARPU) no ano caiu de US$ 30 para US$ 19. No trimestre, caiu de US$ 27 para US$ 16. As receitas de serviços no ano caíram 32,43%, total de US$ 1,144 bilhão. No trimestre, caiu 41,89%, total de US$ 234,6 milhões.

A Nii Holdings, que só tem como operação a Nextel Brasil, fechou o ano com lucro líquido de US$ 1,466 bilhão, revertendo o prejuízo de US$ 1,957 bilhão. O lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA) ajustado foi de US$ 148,3 milhões, aumento de 63,32%.

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