A Viasat sabe que a oferta de banda larga via satélite no Brasil, atualmente, é um produto premium, mas há planos para tentar mudar isso. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 3, o novo diretor geral da companhia para o País, Leandro Gaunszer, afirmou que isso poderá ser endereçado com basicamente dois elementos: a conversão da medida provisória que desonera VSATs em lei e com a chegada do novo satélite da companhia, que trará mais capacidade – e, por isso, permitirá novos modelos para o consumidor.
Essa renovação no portfólio da Viasat considera, por exemplo, a demanda por consumo de vídeo. "Obviamente o cliente quer ter primeiramente uma banda larga, para em seguida ela ser usada para consumo de vídeo. Estamos atentos a isso. Temos projetos internos na Viasat que, no futuro, vão poder disponibilizar consumo de vídeo de forma mais tranquila", declarou Gaunszer ao se referir também à limitação das franquias de dados naturais para a tecnologia.
A companhia estabeleceu uma parceria comercial para distribuição do serviço com a operadora de DTH Sky, mas não enxerga que há conflito com esse projeto. Inclusive, o executivo reitera que não há nenhuma discussão com a operadora do grupo AT&T para serviços de vídeo (ou mesmo para aquisição da empresa no Brasil).
Custo
Nas contas da companhia, o custo de aquisição é alto, considerando antena, modem e a própria capacidade satelital. "Eu adoraria ter um produto de R$ 80, R$ 100, mas a conta no modelo que tenha ponto individual [de acesso] não fecha", diz. Ele considera que a oferta atual da banda larga residencial via satélite é endereçada para as classes A e B, mas diz que a empresa tem buscado maior eficiência para um custo de modelos diferenciados para as classes C e D. Cita ainda que questões de fraudes, especialmente com aquisição de kits com CPFs clonados e em regiões remotas (ou seja, com dificuldade para equipe técnica recolher produto) é algo que equaciona nesse custo.
O problema do preço final ao consumidor poderia ser endereçado tanto com menor custo quanto com mais dados pelo mesmo valor cobrado atualmente. Segundo o diretor geral da Viasat, a MP editada pelo governo "ajuda e é importante", mas ainda não foi convertida em lei. "Na parte da minha estratégia, ajuda a revisitar a nossa oferta para estar mais aderente a essa redução de custo e atingir um público maior. Somos os maiores interessados em ter preço menor para aumentar a base", declara.
A possibilidade de maior banda para endereçar o maior consumo de dados com melhor custo/benefício também existe com a chegada do primeiro satélite da classe ViaSat-3. Gaunszer confirmou que o cronograma está mantido para o lançamento neste ano (ainda não disse quando exatamente), com previsão de estar operacional em 2022. "A expectativa de histórico de consumo de banda é conseguir oferecer mais banda a um preço melhor, ou mesmo preço. É o que vem acontecendo na [telefonia] móvel, que é um benchmarking."
O novo satélite vai mais do que dobrar a capacidade atual da operadora, que atualmente conta com a capacidade comercial do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) em contrato de compartilhamento de receita com a Telebras. Leandro Gaunszer reiterou inclusive que não cabe à Viasat opinar sobre a eventual privatização da estatal, mas que tem contrato vigente que para uso da banda Ka do SGDC.
Sou assinante da Sky na TV por Assinatura e gosteria de ter i serviço da Viasat pra internet, tomara q tenha disponibilidade pro meu endereço pela a parceria de vcs com a Sky. Porém q seja barato.