Coliderada pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e pela Federação Internacional da Cruz Vermelha (IFRC), uma pesquisa realizada pela Plataforma Regional de Coordenação Interagencial para Refugiados e Migrantes da Venezuela (Plataforma R4V) constatou que 80% dos venezuelanos presentes no Brasil têm acesso à Internet por meio de diferentes dispositivos. Já 65% do contingente possui um telefone celular.
As informações foram levantadas no Brasil e em mais 14 países da América do Sul e Caribe como forma de identificar a melhor maneira de alcançar refugiados e migrantes da Venezuela na região e informá-los sobre direitos e assistência disponível. Durante o segundo semestre de 2019, mais de 3 mil venezuelanos foram ouvidos para a pesquisa.
"Para a resposta humanitária, o desafio é alcançar o terço restante que não possui o aparelho", afirmou a ACNUR, em comunicado enviado à imprensa. A agência também tem o objetivo de possibilitar o acesso com os venezuelanos através de canais de comunicação populares, como WhatsApp e Facebook. Hoje, os países da América Latina e do Caribe acolhem cerca de 4,7 milhões de refugiados e migrantes da Venezuela; no Brasil, esse número passa de 250 mil.