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Acessos fixos, novas tecnologias e maiores velocidades compensam queda na base de usuários de banda larga

Os acessos de banda larga (fixos e móveis)  apresentaram queda de 0,42% em 12 meses no Brasil, ou mais de 878 mil desconexões, segundo dados mais recentes do setor referentes a outubro e divulgados pela Anatel no final do ano. Enquanto a banda larga fixa cresceu 4,36% (mais de 1,1 milhão de adições líquidas) no período, totalizando 26,6 milhões, a soma de tecnologias móveis 3G e 4G apresentou recuo de 1,07%, ou quase 2 milhões de desconexões no mesmo período, totalizando 183,6 milhões, refletindo a retração do mercado de celulares. Ainda que caindo em quantidade de acessos, provavelmente por conta da redução do efeito comunidade (por sua vez, graças à redução da VU-M e do avanço dos aplicativos over-the-top, como WhatsApp), houve um aumento substancial na capacidade da banda larga brasileira. Ou seja: houve avanço nas tecnologias que permitem maiores velocidades.

Um exemplo claro é o do 4G, que em outubro ultrapassou a quantidade de acessos 2G no País, conforme previsto por este noticiário ainda em setembro. O LTE cresceu 157,32% comparado a outubro de 2015, enquanto o GSM caiu 33,05%. Assim, 21,26% de todas as conexões móveis brasileiras eram de quarta geração – um ano antes, eram apenas 7,47%. A mudança de tecnologia é impulsionada pelos pacotes de dados: no mesmo período, a base pós-paga cresceu 6,74% (4,9 milhões de adições líquidas), enquanto o pré-pago caiu 15,51% (32,2 milhões de desconexões). Ainda assim, a proporção é de 31,25% e 68,75%, respectivamente.

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Na banda larga fixa, a tecnologia de acesso também mostrou que a Internet brasileira mostra a tendência de ficar mais rápida. A fibra (FTTx) exibiu a maior quantidade de adições líquidas em 12 meses (400,5 mil, ou 31,91%), embora ainda 6,22% do total do mercado. Os acessos por cabo (Cable Modem e HFC) totalizaram 357,2 mil adições líquidas, avanço de 4,34%, mas representando quase um terço (32,17%) da base brasileira. Ambas as tecnologias permitem acessos com velocidades acima de 50 Mbps, ao contrário da tecnologia de xDSL, que vai perdendo espaço.

Isso se reflete no avanço da velocidade, ainda de acordo com os dados da Anatel: as conexões acima de 12 Mbps adicionaram 2,5 milhões de acessos no período e correspondem agora a 34,24% do total da Internet fixa. Somente em outubro, as velocidades de 34 Mbps adicionaram 433,7 mil acessos (23,42% de crescimento), mais do que compensando a perda de outras conexões, inclusive as da faixa de 12 Mbps a 34 Mbps. O crescimento anual dos acessos acima de 34 Mbps foi de 965 mil, ou 73,07%.

Tendências

Também no final de dezembro, o IBGE divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015, que destaca que 39,3 milhões de domicílios utilizaram banda larga no Brasil. Segundo o levantamento, 71,5% (queda de 0,4 ponto percentual) eram de conexões fixas, o que corresponderia a 28,1 milhões de residências. Para efeito de comparação, segundo dados da Anatel, o País contava com 25,574 milhões de acessos de banda larga fixa em dezembro de 2015. A proporção geral de domicílios com acesso à Internet no Brasil avançou 2,9 p.p. e ficou em 57,8%.

A PNAD diz que a banda larga móvel expandiu de 62,8% para 69,8% de domicílios, enquanto 41,7% (aumento de 6,2 p.p.) das residências possuíam ambos os tipos de acesso. Outro dado da pesquisa do IBGE mostra que havia 139,1 milhões de pessoas com 10 anos ou mais com celular, o que corresponde a 78,3% da população. Foi um aumento de 2,5 milhões de pessoas comparado a 2015.

Uma das estratégias para cobrir mais o País com banda larga móvel é o uso da faixa de 700 MHz em LTE, mas que precisa ser liberada após o desligamento da TV analógica. De acordo com a PNAD, em 2015 ainda havia 13 milhões de domicílios, ou 19,7% do total, sem acesso ao sinal digital e sem alternativa ao sinal analógico. O levantamento afirma ainda que a TV digital aberta estava presente em 49,4% dos domicílios urbanos e 17,6% dos rurais, totalizando 45,1% em todo o País. A TV por assinatura estava presente em 32,1% das residências com o aparelho. E, pela primeira vez, com 58,1 milhões de domicílios (55,5%), as TVs de tela fina superaram as de tubo (44,5%).

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