Brasileiros estão dispostos a pagar mais por qualidade do sinal de celular

Por frustração com o serviço móvel pessoal (SMP) prestado pelas operadoras, 60% dos consumidores brasileiros estariam dispostos a pagar mais para ter conectividade garantida. A informação é de um estudo da companhia irlandesa CommProve divulgado nesta segunda, 2, que afirma que os usuários pagariam até R$ 50 a mais, além do que já pagam, para ter "prioridade no sinal". Dessa forma, a empresa calcula que as teles deixam de ganhar mais de R$ 40 bilhões por ano, ou R$ 3,4 bilhões por mês, ao não oferecer o que chama de "serviços premium".

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Interessante notar que a pesquisa fala especificamente de "sinal de telefone", o que significa pelo menos disponibilidade para ligações pelo celular. Mas a empresa não cita princípios de neutralidade de rede ao sugerir a oferta dos tais serviços premium que poderiam privilegiar a oferta do serviço para os usuários que pudessem pagar mais.

Segundo a CommProve, mais de 56% dos usuários brasileiros ficam sem sinal de cobertura ao menos três vezes por mês, mostrando mais disposição por mais qualidade do serviço do que por pacotes promocionais. Dos entrevistados, 46% trocariam de operadora para ter melhor sinal, 33% para ter um telefone melhor e 9% para ter um pacote maior de mensagens SMS. As maiores razões para a troca de empresa são economia de gastos (53%), sinal não confiável (46%) e serviço de atendimento ruim (33%).

A companhia cita que 67% dos entrevistados perderam sinal ao menos três vezes por mês na cidade de Manaus, 64% em Natal e 61% em Salvador. A capital com melhor oferta de serviços, ainda segundo a empresa, é Belo Horizonte, onde o percentual foi de 41%.

Jovens mais dispostos

A pesquisa ressalta que a disposição de pagar mais para ter melhores serviços é maior entre jovens de 18 a 24 anos, chegando ao percentual de 67%. Pelo menos 56% disseram que pagariam R$ 10 ou mais por mês para terem melhores serviços. A fidelidade é baixa: 92% dos jovens dizem que vão pesquisar antes de renovar contrato e 56% explicam que a razão disso são problemas no sinal.

A pesquisa diz ainda que deverá aumentar o interesse pelo 4G no Brasil com o aumento de cobertura, mas essa tendência ainda não é notada: 28% dos entrevistados afirmaram que trocariam por um plano LTE. A chegada dos eventos esportivos (Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016), ainda de acordo com a CommProve, vai gerar 300% mais tráfego do que o normal por oito semanas, aumentando a demanda por capacidade de rede.

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