A Claro anunciou nesta segunda, 2, teste conjunto com os fornecedores e Ericsson e Qualcomm para demonstrar a tecnologia de Gigabit LTE no País. Para chegar à velocidade de 1 Gbps, as empresas utilizam a tecnologia de acesso licenciado assistido (LAA), combinando espectro licenciado com não licenciado, totalizando 80 MHz de capacidade usada. No caso dos testes, 20 MHz na faixa de 2,5 GHz e mais 60 MHz com a faixa de 5 GHz.
Segundo explica o diretor de engenharia da Claro, André Sarcinelli, além da agregação de portadoras com espectro não licenciado, há uso das mesmas tecnologias do LTE-Advanced Pro. "Estamos usando frequência de rede Wi-Fi, e quando fazemos o carrier aggregation, tem o MIMO (múltiplas entradas e saídas, na disposição 4×4) e (a modulação em) 256 QAM", declara.
Com a tecnologia, afirma o presidente da Ericsson, Eduardo Ricotta, "começa-se a criar novos aplicativos em cima dessa infraestrutura". Ele ressalta ainda que os testes estão sendo realizados em rede comercial. O presidente da Qualcomm, Rafael Steinhauser, ressaltou que a tecnologia é um "precursor importante para 5G", uma vez que as primeiras redes comerciais de quinta geração ainda terão cobertura limitada em um primeiro momento. "Aí quando o usuário vai para outra parte da cidade, ele tem de ter uma cobertura que não é tão distante de 5G", declara.
O teste da Claro foi realizado em um terminal protótipo e utilizou modem Snapdragon X16 LTE integrado na plataforma móvel Snapdragon 835, da Qualcomm. Para a rede, foi a small cell Ericsson Radio System (Radio 2205) conectada ao núcleo da rede de alta capacidade Evolved Packet Core, também da fornecedora sueca.