Na contra-mão das iniciativas mundiais de privatização dos serviços, os governos da Argentina e da Venezuela estão investindo em projetos próprios de satélite com o objetivo de privilegiar a inclusão digital. A Argentina praneja lançar o Arsat-1 no terceiro trimestre de 2011 para substituir o Nahuelsat que tem vida útil até 2012. Metade da capacidade do novo satélite atenderá a Argentina e o restante o mercado internacional. O financiamento do projeto foi dividido entre o governo argentino e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) com investimentos de US$ 200 milhões. E a construção se dá por meio do consórcio Invap com 50% de investimento estatal.
"Prevemos desenvolver tecnologia e recursos humanos no setor, atendendo projetos do Estado em inclusão social com preços que o Estado pode pagar e não com taxas de retorno baseados em parâmetros europeus", explica Mariano Goldschmidt, diretor da Arsat.
O plano argentino prevê lançar mais três satélites até 2012 totalizando US$ 800 milhões de investimentos para o Arsat 2 e 3. O mercado previsto é principalmente atender a demanda de voz e dados (49%) e o restante para TV, banda larga e outras aplicações. O executivo garantiu que na Banda C ofertará preços mais baixos que os atuais praticados no Brasil.
Os executivos da Argentina e Venezuela participaram nesta quinta-feira, 2, do 8º Congresso Latino-Americano de Satélites 2008, promovido pelas revistas TELETIME e TELAVIVA e Converge Eventos.