Satelitais mostram interesse em chamamento para conectar escolas

Foto: Rudy Trindade/Themapress/TELETIME

Além das possibilidades de fornecer capacidade para backhaul de operadoras móveis, o cumprimento da obrigação de conexão em escolas do edital do 5G também é um campo de oportunidade para as satelitais. Durante o Congresso Latinoamericano de Satélites nesta sexta-feira, 2, empresas como Viasat e Hispamar mostraram interesse em participar do chamamento do Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape) e da Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (EACE), que utilizará recursos obtidos com o leilão da faixa de 26 GHz.

O diretor geral da Viasat Brasil, Leandro Gaunszer, destacou a participação da empresa no programa Gesac, por meio da parceria com a Telebras e a utilização da capacidade comercial do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC). "Chegamos a 20 mil pontos, e não é só conexão, é extremamente complexo – tem lugares que precisa chegar de barco e avião, ou fazer a instalação. Vários casos que a escola não tinha computador, ou solução WiFi." 

Mesmo com os desafios, ele considera que a conectividade para as escolas é uma "ótima oportunidade e necessidade do mercado e do Brasil". E confirma: "Sim, a gente vem conversando com o Gape, seja pela Viasat ou via Telebras", diz. A ideia é que o lançamento do ViaSat-3 permita ampliar a capacidade para o universo de 30 a 38 mil escolas sem conexão, segundo números do Grupo citados por Gaunszer. 

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Porém, o diretor da Viasat vê com "certa restrição" o requisito de mínimo 50 Mbps de velocidade. "Um ponto importante é a dimensão da escola em relação ao tamanho e a capacidade necessária. Tem escola de oito a dez alunos", afirma, concluindo que o throughput teria um custo alto para a quantidade de estudantes beneficiados. 

"Sem dúvida, não só estamos de olho como temos experiência para compartilhar", declara o chairman da Hispamar, Clóvis Batista, citando pilotos no Equador, Honduras e Panamá. "A solução não é só conectividade, envolve [plataforma] pedagógica, com conteúdo local, recursos necessários e externalidades, como a solução econômica de telemedicina", afirma. De acordo com o executivo, a Hispamar vai responder ao chamamento da EACE com a proposta de conectividade amparada.

O Congresso Latinoamericano de Satélites aconteceu nesta semana no Rio de Janeiro e é realizado pela Glasberg Comunicações e organizado por TELETIME.

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