A perspectiva de constelações de satélites de baixa órbita (LEO) chegando ao mercado é vista pela Embratel Star One como uma oportunidade de parcerias com os entrantes – que poderiam utilizar a infraestrutura terrestre da operadora brasileira na América Latina.
A possibilidade foi abordada nesta quinta-feira, 2, pelo diretor executivo da Star One, Gustavo Silbert. Ele participou do último dia do Congresso Latinoamericano de Satélites, organizado por TELETIME e Glasberg Comunicações.
"Há espaço para as constelações [em baixa órbita], que terão demandas bem definidas. Entendemos que podemos ser parceiros de infraestrutura terrestre, com gateways e todo nosso footprint terrestre na América Latina", afirmou o executivo.
Segundo Silbert, a Embratel Star One tem olhado com atenção para a possibilidade. "Nós já provemos infraestrutura terrestre para outros provedores de satélite e entendemos que é uma oportunidade. As empresas [de LEO] vão precisar de gateways e infraestrutura terrestre no Brasil e na América Latina, e nós estaremos aqui para fazer a oferta".
D2
No momento, contudo, o foco da empresa é colocar em operação o satélite geoestacionário Star One D2, lançado em julho e grande aposta da companhia para os próximos anos.
Segundo Silbert, o artefato está em sua posição orbital definitiva e já carregou oito canais da ClaroTV na capacidade em banda Ku. Para o executivo, a expectativa é que a Star One mantenha a liderança no mercado de vídeo a partir do D2, ampliando também a atuação em outros países onde já têm crescido, como o Chile.
Cabe lembrar que o 12º satélite da Embratel é multimissão, contando com capacidade em banda Ka, C e X, além da em banda Ku. Desde o lançamento, o posicionamento do satélite, a abertura dos painéis solares e os testes de rotina ficaram dentro dos parâmetros esperados,