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Início COVID-19 Backhaul para 5G será o filão para setor de satélites, diz consultoria

Backhaul para 5G será o filão para setor de satélites, diz consultoria

Antena de telecomunicações. Foto: Pexels

A tendência de receita para o mercado global de satélites para os próximos anos é de uma taxa de crescimento composto médio anual (CAGR) de 9,3% por conta de 5G, especialmente por conta de backhaul, com capacidade e com cloud, segundo levantamento da consultoria NSR, especializada no setor. Os dados foram apresentados pelo analista principal da empresa, Lluc Palerm, nesta quinta-feira, 2, no Congresso Latinoamericano de Satélites. 

A pandemia trouxe um impacto negativo para um mercado que já estava sofrendo cenário desafiador. Tanto que a consultoria estima que serão necessários três anos para recuperar as receitas para níveis de 2019.

Alguns fluxos de receita, como a mobilidade aérea e marítima, apresentaram queda. Mas o vídeo ficou estável, enquanto as aplicações em backhaul, conectividade e clientes de governo e militares aumentaram. Palerm destaca, contudo, que a infraestrutura para as redes móveis é o filão que deverá ter um avanço ainda maior nos próximos anos. 

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De acordo com o analista, o tráfego de backhaul por meio de satélite hoje em dia é de 224 Gbps, mas há uma oportunidade “endereçável” de 22 Tbps devido à demanda de conectividade. “Obviamente tem um crescimento grande pela frente”, declara. 

Apresentação da NSR mostra total de tráfego “endereçável” com backhaul via satélite

Isso porque o custo por megabit via satélite vem decaindo ao longo dos anos, tornando-se cada vez mais uma opção do backhaul para conectar estações radiobase. “O custo não era muito competitivo há três anos, para ser viável era necessário [que a torre de celular] estivesse muito longe do backbone. Mas os preços da capacidade caíram e a solução satelital ficou com melhor custo/benefício, mais próximo do micro-ondas”, explicou. 

Há ainda a necessidade de convencer as teles de que o backhaul não precisa ser apenas via fibra e micro-ondas. “Às vezes é uma barreira para a indústria satelital, leva tempo para a operadora móvel entender o satélite, e para educa-la e criar soluções”, diz Lluc Palerm. Mas ele entende que agora está vendo “soluções mais fáceis de adotar”, com gestão integrada e interface mais amigável. 

Banda larga

Já para o mercado de Internet via satélite, a NSR vê maior demanda por artefatos de alta capacidade (HTS). Além do backhaul, as operadoras terrestres estariam buscando também serviços fim a fim, aponta Palerm.

Também as constelações de órbita baixa (LEO) também se mostram como solução para a banda larga. O analista da consultoria diz que há espaço para todos os modelos, mas que agora essa vem se mostrando uma saída sem tanta desconfiança. “Mas no LEO tem alguns desafios em termos de capacidade ‘vendável'”, coloca. 

A virtualização das funções de rede e aplicações baseadas em cloud vão habilitar os sistemas chamados de “hyperscalers”, que trazem flexibilidade, integração, escala e vantagem de custo. Isso permitirá também a entrada de novos atores, pontua Palerm.

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