Para Oi e Sky, futuro do DTH passa por combinação com OTT

A Oi chegou a 100 mil ativações em um mês do seu serviço Oi Total Play, que permite aos seus clientes de banda larga o acesso a uma série de conteúdos de TV por assinatura no modelo OTT. Esse volume é duas vezes maior do que o volume de ativações líquidas da plataforma de TV paga tradicional em DTH, disse Roberto Guenzburger, diretor de produtos e conteúdos da operadora. Ele participou do Congresso Latinoamericano de Satélites realizado pela TELETIME nesta sexta, 1, no Rio de Janeiro. Para ele, o DTH segue desempenhando uma estratégia central para a empresa. Os planos combinados, com banda larga, celular e TV têm sido fundamentais para a Oi manter a base dos serviços fixos, e por esta razão a empresa está há mais de um ano expandindo a base de TV paga, ao contrário do mercado. O serviço Oi Total Play, contudo, não é oferecido para clientes com conexões de menos de 5 Mbps, por questões técnicas.

"Hoje o Brasil é o terceiro maior mercado de TV paga via satélite do mundo, com receitas de quase US$ 5 bilhões ao ano, e isso não pode ser desprezado. Mas é preciso reconhecer que os serviços OTT estão crescendo e há uma 'geração sob-demanda' que exige de nós outra proposta", analisa Guenzburger. A resposta da Oi tem sido focar em caixas híbridas conectadas com oferta de conteúdos VoD pela banda larga. "Somos um supermercado de conteúdo e temos que entregar de qualquer forma, seja por TV por assinatura via satélite ou no VoD". A plataforma de VoD da Oi conta hoje com 30 mil conteúdos, e 46 canais são oferecidos no modelo OTT, dos quais 25 lineares. Mas a Oi ainda restringe as vendas apenas a seus próprios clientes de outros serviços.

Sky conectada

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A estratégia da Sky para manter o produto de DTH forte também passa pela oferta de conteúdos pela banda larga, caixas híbridas conectadas e vídeo-sob-demanda. Mas Luiz Otávio Marchezetti, VP de engenharia da empresa, lembrou durante o evento que a distribuição via satélite é a base do negócio da Sky. "Se não fosse isso não teríamos investido quase R$ 1,5 bilhão em um novo satélite só nosso e um centro de transmissões de primeira linha", diz ele, lembrando que a Sky lançou no primeiro semestre o Sky B1, um satélite gigantesco com quase 20 anos de vida útil que permitirá à empresa adicionar mais de 100 canais, igualando a oferta HD e SD, e o teleporto de Jaguariuna/SP, que é na verdade um centro de transmissão com todas as características e estrutura de um datacenter.

Na estratégia digital, a primeira aposta da operadora é o Sky Media Center, uma caixa avançada e que pode se conectar à Internet, além de se conectar a pontos adicionais por WiFi para a distribuição de conteúdo dentro da casa. A caixa é inteligente, pois pode gravar conteúdos de até cinco canais baseada nos hábitos do assinante e oferecê-los sob demanda. Além disso, é uma plataforma que acessa, online, o serviço de VoD Sky Play, que funcionará por streaming, além dos serviços de PPV e NVoD que rodam na própria caixa. As caixas mais antigas, sem a conectividade do Sky Media Center, desde que com capacidade HD,  poderão ganhar acesso à Internet por meio de dongles WiFi  que a Sky pretende oferecer a clientes que contratem o serviço até o final do ano. O Sky Play não se confunde com o serviço de TV paga virtual, totalmente online e independente da plataforma de satélites, que a operadora planeja lançar em 2018.

Além disso, a Sky passou a ampliar a oferta de canais HD, incluindo a ampliação significativa de canais da TV Globo. Com a capacidade do novo satélite, é possível oferecer nada menos do que 36 praças com a TV Globo sendo cerca de 18 em HD. O satélite anterior está sendo desativado. Mas Marchezetti lembra que a indústria de TV paga ainda vive sob um risco muito maior do que a competição com os serviços OTT ou a crise econômica. "Nosso maior inimigo é a pirataria, que hoje tem mais de 4 milhões de usuários e é a terceira maior operadora de TV paga do país diz o executivo da Sky.

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