Valente está otimista em relação à aprovação da compra da GVT pela Telefônica

O presidente da Telefônica/Vivo, Antônio Carlos Valente, está otimista em relação à aprovação da compra da GVT pelos órgãos reguladores no Brasil. Do ponto de vista regulatório, o principal entrave para esse tipo de operação, que é a sobreposição de espectro, não existe neste caso. Mas, recentemente, a Anatel acolheu pedido da empresa de descaracterização de empresa com Poder de Mercado Significativo (PMS) no Estado de São Paulo, alegando a existência de redes concorrentes, inclusive a da GVT.

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Valente explica que a Telefônica identificou pelo menos quatro redes concorrentes, sendo que a incorporação da GVT pela Telefônica não traria uma mudança significativa nesse cenário. "Acho que nós teremos situações onde você não vai ter nenhuma mudança no cenário competitivo por você ter tirado um operador, porque ele tem quantidade pequena de clientes e pela existência de redes adicionais", afirma ele.

O executivo também está otimista em relação à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Nós estamos otimistas. Por ela (GVT) ter chegado mais tarde, estar em um número pequeno de cidades e ter relativamente poucos clientes, não deve oferecer uma dificuldade maior na análise concorrencial", afirma ele.

O acordo entre Telefônica e a francesa Vivendi poderá ainda atender à determinação do Cade de que a Telefónica desfaça a participação cruzada que tem na TIM e na Vivo. Isso porque, a espanhola ofereceu à Vivendi a possibilidade de assumir a participação que ela tem na Telecom Italia, de cerca de 8,3%, mas, alternativamente, Vivendi poderá optar por uma participação de 12% na Vivo.

"O fato de a Telefónica ter colocado como uma das possibilidades da proposta a cessão das ações que ainda temos na Telecom Italia e as declarações do presidente Alierta demonstrando claramente que nós não temos interesse em permanecer na Telecom Italia endereçariam as principais preocupações do Cade", afirma ele.

Valente explica que esse é um dos ajustes que estão sendo realizados para a conformação da proposta final, que deve ser finalizada em 90 dias contados a partir da declaração da Vivendi de que passaria a negociar exclusivamente com a Telefónica. É a proposta final, que conterá o acordo entre os acionistas, que será submetida aos órgãos reguladores.

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