Analistas de mercado ouvidos por TELETIME News nos primeiros dois dias de setembro são unânimes em considerar alta a possibilidade de "mudanças cambiais duras" se as reservas continuarem a cair durante setembro e outubro no mesmo ritmo observado em agosto. "Acreditamos que um nível de reservas entre US$ 40 bilhões e US$ 45 bilhões será considerado suficiente para que o governo adote, nesta ordem, medidas restritivas às importações: centralização do câmbio e desvalorização do real", disse o principal economista de um banco inglês. "Estou convencido de que, mesmo não querendo, o Banco Central vai fazer uma maxidesvalorização de 20% a 25% depois das eleições, ainda com um nível de reservas altos", afirmou outra analista de um banco americano. Um detalhe importante: nenhuma das fontes consultadas aposta em nova elevação das taxas de juros.