Foi assinado na noite desta quinta, 2, a venda da participação da Telpart nas operadoras Telemig Celular e Amazônia Celular para a Vivo. O valor do que a Telpart receberá gira em torno de R$ 1,213 bilhão (R$ 1,093 bilhão pela Telemig e R$ 120 milhões pela Amazônia), mas o desembolso será maior para a Vivo, já que os acionistas minoritários da Telemig Celular Participações e da Tele Norte Celular Participações recebem tag-along. Segundo Roberto Lima, presidente da Vivo, se todos os acionistas aceitarem as condições de tag-along, o valor total da operação será de R$ 2,813 bilhões. A Telpart tem 22,7% do capital total da Telemig Participações e 19,34% do capital total da Tele Norte Celular Participações.
O tag along aos acionistas detentores de ON será de 80% do valor pago à Telpart. Aos preferencialistas, será um prêmio de 25% sobre a média das cotações dos últimos 30 dias. A Vivo também comprou ações diretas que a Telpart tinha nas operadoras.
O valor a ser recebido pela Telpart ainda está sujeito a ajustes e no montante estão incluídos direitos de subscrição de ações por conta de créditos fiscais. Com a operação, a Vivo passa a ter cobertura no Estado de Minas Gerais (onde não tinha assinantes) e reforça sua posição nos Estados da Região Norte, onde já opera na banda B. Naturalmente, a Vivo terá que devolver uma das autorizações de telefonia móvel que controlará na região Norte do País e as respectivas freqüências utilizadas. A Vivo tem 30,2 milhões de assinantes. A Telemig Celular e a Amazônica Celular agregariam 4,8 milhões de clientes à base da Vivo, que totalizaria então 35 milhões de clientes, alcançando 33% de market share no País.
Planos
Segundo o presidente da Vivo, a operação só será finalizada após a aprovação da Anatel. Só então é que os minoritários receberão as ofertas de tag-along. Também apenas após a aprovação dos órgãos reguladores é que a Vivo se integrará operacionalmente à Telemig Celular e à Amazônia Celular. O pedido de anuência prévia à Anatel será encaminhado em uma semana.
