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TIM: parceria com a Sky "não decolou"

A estratégia da TIM com seu serviço de fiber-to-the-curb (FTTC), o Live TIM, tem sido a de oferecer um preço agressivo com altas velocidades graças à arquitetura de rede com fibras áreas até o poste, chegando ao domicílio com cobre. Assim, a operadora utiliza o backhaul ótico herdado da compra da AES Atimus em novembro de 2011 e reduz os custos operacionais com a instalação. Essa economia também permite à empresa fazer uma oferta de banda larga sem estar atrelada a pacotes triple play, ou mesmo com o cross-selling com a telefonia ou TV, como acontece na Vivo e na Net/Claro. Mas já houve uma aproximação com a Sky para a oferta conjunta de produtos com TV paga, embora o resultado não tenha saído conforme o esperado. "Realmente, não decolou, foi mais uma questão operacional do que de demanda", reconhece o presidente da TIM Fiber, Rogério Takayanagi.

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Se não deu certo com a operadora de DTH, o caminho agora é com as over-the-top (OTT). "O que estamos trabalhando em conversar muito agora é com Netflix, Totalmovies. Porque estamos vendo que o mercado está mudando muito, o hábito de consumo já está migrando para o OTT. Crianças hoje passam mais tempo em conteúdo sob demanda", diz o executivo. Por isso mesmo, a TIM possui acordos de links diretos (peering) que ligam os serviços de Content Delivery Network (CDN) para a entrega de conteúdo. Takayanagi diz que há um contrato de peering com o Netflix, mas a empresa tem procurado outros players para oferecer uma experiência melhor de consumo de vídeo pela Internet. "Faz muito sentido essa questão, mas o que não faz é oferecer conteúdo. Não temos a intenção de virar uma TV por assinatura, isso no Brasil não dá dinheiro", critica.

A questão é que o presidente da TIM Fiber não considera que a falta de ofertas em conjunto com outros serviços seja uma desvantagem, mesmo levando em conta a grande base móvel da operadora. "A TIM não acredita na convergência fixo-móvel, dá mais trabalho integrar o OSS/BSS, e o racional de compra é muito diferenciado. A decisão foi manter as duas estruturas separadas, inclusive na plataforma de TI", explica. Do ponto de vista de infraestrutura, entretanto, há uma junção natural das coisas, ainda mais com a chegada do serviço LTE. "Estamos crescendo muito no rollout de fibra e backbone, deveremos chegar ano que vem a 50 mil km de fibra. Estamos lançando para suportar o (serviço) móvel, inclusive em redes metropolitanas", diz.

Uma expansão para além das 21 cidades nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro não está nos planos, tampouco está descartada. "Se somarmos a economia dessas regiões, temos um quarto do PIB brasileiro e 25 milhões de usuários. É um país. A complexidade de crescer nessas cidades não é simples, fazer qualquer tipo de atividade não é banal", justifica, reiterando o foco nas duas maiores capitais brasileiras. Além disso, a Live TIM também está mirando nas pequenas e médias empresas, que procuram IP dedicado. Até o último levantamento divulgado pela TIM, são mais de 16 mil acessos com o serviço, com aceleração grande no segundo trimestre.

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