Em abril, a tecnologia LTE já representava praticamente um terço do total de conexões móveis brasileiras, com 30,56%, ou 74,058 milhões de acessos, de acordo com dados da Anatel divulgados nesta semana. Embora o ritmo de crescimento esteja desacelerando aos poucos, no comparativo a tecnologia ainda mais do que dobra a quantidade de conexões em 12 meses (112,31%). Tanto que a 4G continua a ser a única tecnologia a adicionar acessos na base fora os acessos máquina-a-máquina (M2M), em geral com quantidade de adições ligeiramente superior aos de desconexões na 3G.
Entre os grupos, pouca coisa mudou em relação a março. A líder com mais de um terço da base de quarta geração é a Vivo, com 34,65% do total (25,663 milhões de acessos) e mantendo o ritmo de adições de mais de um milhão de acessos no mês. Por outro lado, a Claro, que em março havia adicionado mais de 5,5 milhões linhas 4G, voltou a apresentar um ritmo mais estável, com 826 mil novas conexões, mantendo-se na segunda posição com 27,73% do mercado nessa tecnologia (20,534 milhões).
Outra mudança significativa foi sentida pela TIM. Enquanto no mês anterior a operadora desconectou 3,468 milhões de acessos, em abril ela voltou a apresentar crescimento em LTE: 585,2 mil adições líquidas. A empresa tem 21,13% do mercado (15,651 milhões). A Oi reduziu o ritmo e acrescentou 267,8 mil linhas, fechando o período com 15% de share (11,116 milhões) na tecnologia 4G. A Nextel, por sua vez, apresentou queda na base pelo segundo mês consecutivo, com 1,8 mil acessos a menos e 1,47% de participação (1,092 milhão no total da base).
Na tecnologia 3G, todas as operadoras apresentaram queda na base, menos a Nextel (com 10,3 mil adições) e a Algar (com apenas 70 novas linhas no mês). Vale notar que em 12 meses, a base total da tecnologia já diminuiu quase um quarto (24,45%, ou 35,121 milhões de desconexões) e atualmente soma 108,553 milhões de acessos. Ainda é a tecnologia mais popular no Brasil, mas vem perdendo cada vez mais espaço para a LTE. É possível que, até o final do ano, seja ultrapassada pela geração mais nova.
Pós e pré
Em março, pela primeira vez, a base brasileira de pós-pago passou a representar mais de um terço do total. Em abril, ela já era 33,38% dos usuários. Para efeito de comparação, em abril de 2015, esse modelo de plano representava pouco menos de um quarto (24,71%) da base. Naturalmente, em dois anos houve maior popularização de smartphones, dos pacotes controle e, especialmente, da demanda por dados por parte do consumidor. Isso é evidenciado pelo grande crescimento também da tecnologia LTE.