A TIM considerou insuficientes as contribuições da Telebrasil sobre o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e se recusou a assinar a Carta de Brasília, documento que consolida as discussões e os posicionamentos das operadoras ao final do Painel Telebrasil.
De acordo com o diretor de assuntos regulatórios e institucionais da TIM, Mario Girasole, a operadora teria pedido que fosse incluído na lista de ações necessárias da Carta de Brasília o entendimento de que é “essencial que o setor promova um marco regulatório equilibrado que garanta um ambiente de redes abertas para o acesso isonômico às infraestruturas fundamentais por parte de todas as prestadoras, que estimule a competição evitando as posições dominantes e incentive o compartilhamento de infraestrutura. Tais pontos, juntamente com a ampliação da disponibilidade de espectro, são as maiores alavancas dos investimentos necessários ao provimento de serviços de qualidade acessíveis a todos os cidadãos”. A Telebrasil não incluiu a demanda da TIM na carta, e por isso a operadora foi a única a não assinar o documento.
As críticas do executivo da TIM também se direcionaram ao estudo da Telebrasil encomendado à LCA Consultores. Segundo Girasole, o estudo desconsidera itens importantes como o compartilhamento de infraestrutura e apresenta erro de metodologia ao juntar acessos fixos e móveis em uma mesma análise.
A recusa evidenciou divergências de opiniões e posicionamentos que se arrastam desde o início do ano e foi seguida de uma nota oficial da TIM afirmando que a Telebrasil não abordou as temáticas mais urgentes para viabilizar uma efetiva inclusão digital, como os valores e os prazos de EILD e o unbundling.