Teles ganham volatilidade com acordo Telefónica/TI

O mercado financeiro segue confuso e desencontrado frente à compra, por parte da Telefónica e de bancos italianos, de uma parcela da Olimpia, empresa controladora da Telecom Italia. As ações das empresas de telecomunicações estão, como um todo, mais voláteis a partir do desdobramento da aquisição. Os papéis da Vivo figuraram hoje entre as maiores baixas da Bovespa, caindo 3,19% nas ações PN, cotadas a R$ 9,10. A Telemar não ficou entre as maiores baixas, mas também registrou queda 2,16% (ON) e 1,9% (PN). A TIM ON e PN tiveram leve alta (1,8% e 1,23% respectivamente), cotadas a R$ 10,74 (ON) e R$ 7,39 (PN).
Vale lembrar que nada de concreto deve acontecer até outubro, prazo final de due diligence dos bancos italianos e da Telefónica na Telecom Italia e prazo final para aprovação do negócio pelas autoridades européias.

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Segundo analistas, a ação da Vivo já vinha valorizando desde a OPA da Sonaecom, quando cresceram os boatos sobre a venda da parte que a Portugal Telecom tem na operadora móvel. Essa expectativa continua já que existem negociações entre a PT e a Telefónica sobre o negócio.
A volatilidade das ações das teles devem continuar devido às dúvidas sobre os próximos movimentos de consolidação no Brasil. Não se sabe qual será o poder de decisão da Telefónica no conselho da TI, já que vai indicar apenas dois conselheiros. Outra dúvida é se os acionistas da TIM no Brasil teriam direito a tag along, questão que não se coloca se a tele espanhola se abstiver da gestão no País. Outra dúvida é como seria a participação indireta da Telefónica na Brasil Telecom e como os órgãos reguladores vão interpretar eventuais sobreposições. Os analistas também apontam que cresce a pressão do mercado por uma revisão da regulamentação, à luz da consolidação.
A Ativa Corretora aponta que o grupo mexicano poderá estudar a possibilidade de expansão por meio de outras operações no País e que a Telemar e Brasil Telecom poderiam ser alternativas de investimento. Como a Telefónica passa a ser acionista indireta da BrT, isso pode se configurar como um obstáculo. Telemig Celular e Tele Norte seriam alternativas de menor porte, porém sem alterar de forma significativa o poder de mercado da América Móvil no País, diz a Ativa.

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