Brasil está entre os países com maior índice de smartphones Android infectados por malwares

O Brasil está entre os países mais afetados por aplicativos maliciosos e espiões para Android em 2014, segundo relatório do Google divulgado nesta quinta-feira, 2. A companhia destaca ter reduzido pela metade a quantidade de instalações desses apps no mundo após medidas para aumentar a segurança.

No ranking de infecções por Aplicações Potencialmente Danosas (PHAs, na sigla em inglês) considerando instalações fora da Google Play e incluindo aparelhos destravados (com root), o Japão apresentou o menor índice de todos em 2014, com 0,0702%. A média mundial ficou em 0,7891%, e o Brasil ficou acima dela, com 0,9996% no ano passado. O desempenho foi acima de 1% nos dois primeiros trimestres, caindo para 0,49% no terceiro tri e subindo de volta para 0,88% nos últimos três meses do ano. O País ficou à frente apenas de Índia, Emirados Árabes e Rússia (o com maior percentual, com 3,8548%).

Em se tratando de spywares (aplicações que bisbilhotam informações do usuário), a média mundial ficou em 0,2035%, e o Brasil novamente apresentou números acima, ficando na antepenúltima colocação, com 0,4218% durante 2014 – ainda assim, melhor do que no primeiro trimestre, quando registrou 0,9894%. Novamente, a menor média anual foi do Japão, com 0,0141%.

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O Google afirma que a média mundial de instalação de aplicativos contaminados com ameaças foi reduzido em 50% entre o primeiro e o quarto trimestre do ano passado, apesar de um pico nas instalações na Rússia em março, quando os dispositivos na região tinham cinco vezes mais chances de ter um app malicioso do que a média mundial. A companhia diz ainda que a instalação de aplicações fraudulentas que utilizam SMS caiu 60% no decorrer do ano graças às mudanças nas regulamentações de cobrança nas operadoras em vários países e no aumento de ferramentas de segurança. A média mundial de instalações fora da Google Play desses softwares foi de 0,1204% – o Brasil ficou em penúltimo, com 0,1778%, à frente apenas da Rússia (0,2470%).

Apesar disso, a companhia alerta para um aumento no uso de dados em WAP por parte desses apps maliciosos, embora não tenha revelado exatamente quanto foi esse crescimento.

Medidas

Entre as medidas para aumentar a segurança para o Android, o Google destaca a criptografia completa do hardware (oferecida a partir da versão 5.0 Lollipop) e a melhoria do sistema de controle de acesso mandatório (MAC) baseado em SELinux. Além disso, afirma que os desenvolvedores agora têm acesso a ferramentas melhoradas para detectar e reagir a brechas, proporcionando 79 patches de segurança para consertar falhas e a habilidade para responder a vulnerabilidades em áreas-chave no Lollipop.

Outra medida adotada é o novo sistema de aprovação de aplicativos na Google Play Store, a exemplo do que faz a Apple com a App Store. "O monitoramento contínuo com Apps Verificados fez com que os esforços para entregar Aplicações Potencialmente Danosas (PHA) continuassem a níveis baixos em 2014, com menos de 1% de todos os dispositivos com uma PHA instalada", diz o comunicado. Dentre os países com maior média de instalações de PHA (incluindo rooting) estão a China, Rússia, Emirados Árabes, Índia e Estados Unidos.

Interessante notar que o Google segmentou por região os dados enviados por instalação de aplicativos verificados e encontrou um dado curioso: mesmo sem ter grande disponibilidade oficial de serviços da empresa na China, o país asiático é a segunda maior base individual registrada. Foram mais de 10 milhões de dispositivos ativos que instalaram aplicativos seguros na Google Play em 2014.

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