Ministro diz que solução para "vazio de telecom" na Região Norte passa pelo Estado

Para o ministro das Comunicações Paulo Bernardo, o grande desafio que o Brasil vive nesse momento não é o de estar atualizado com as principais tecnologias de telecomunicações existentes no mundo, mas o de distribuir essa tecnologia regionalmente de maneira mais equilibrada. "Hoje estamos muito bem servidos e atendidos em grandes cidades, mas em regiões remotas, como o Norte, temos uma dívida muito grande, é quase um vazio".  Para o  ministro, o atendimento destas regiões passa necessariamente por um esforço do Estado. "Não queremos atender diretamente o usuário final, mas se o governo não entrar ajudando na parte da rede, não vamos resolver nunca", disse. Para ele, o projeto de satélite que está sendo desenvolvido pela Telebras e pelo Ministério da Defesa pode ajudar a atender a estas regiões. "Outra coisa que vamos fazer é criar um regulamento de competição (PGMC) e um regulamento de linha dedicada (EILD) que farão com que os preços caiam muito no atacado", disse Paulo Bernardo.

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O ministro  reconhece que nos grandes centros, apesar de as principais tecnologias de acesso estarem disponíveis, ainda existe um grande problema de qualidade, sobretudo na banda larga móvel. "Na minha avaliação, os serviços de 3G são vítimas do crescimento do mercado. A Internet móvel cresceu 103% no ano passado. As empresas de Internet móvel não apostaram no crescimento, fizeram projeções conservadores, erradas até, e agora vão ter que correr atrás", disse o ministro em entrevista durante o evento Cisco Plus, no Rio de Janeiro. "A licitação de 4G vem agora já amarrada com o regulamento de qualidade e isso não deve se repetir".

Negociação de preço

Paulo Bernardo revelou ainda que existe, no ministério, um processo de negociação com empresas de MMDS interessadas em explorar serviços de quarta geração sobre o preço que vai ser cobrado pelo uso do espectro para esses serviços. "A Sky, por exemplo, foi uma das empresas que nos procurou. Dissemos que não tem problema nenhum em discutir preço, desde que eles tenham um projeto bom para o País".

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