Rússia se recusa a lançar satélites da OneWeb após sanções do Reino Unido

Com lançamento marcado para a próxima sexta-feira, 4, a OneWeb foi pega no meio da crise da guerra na Ucrânia promovida pela Rússia. A agência espacial russa, a Roscosmos, se recusou a realizar o lançamento do foguete Soyuz embarcado com 36 satélites de órbita baixa, a menos que o governo do Reino Unido se comprometa com certas condições. 

Entre as requisições da Roscomos está que a constelação não seja utilizada para fins militares e que o governo britânico venda sua participação na OneWeb. A emissora norte-americana CNBC afirma que essas demandas foram em resposta às sanções do Reino Unido contra o sistema financeiro russo por meio da desconexão da rede Swift

Pelo Twitter, o secretário de negócios e energia britânico, Kwasi Kwarteng, deixou claro contudo que o governo do país europeu não pretende negociar essas condições. "Não há negociação na OneWeb: o governo do Reino Unido não vai vender sua participação", declarou ele, dizendo que iniciou conversas com os demais acionistas da empresa de satélites sobre os próximos passos.

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Entre os negócios oferecidos pela OneWeb, o de comunicações críticas para governo é um dos pilares, incluindo segurança nacional para exércitos, marinhas, aeronáuticas e espaço.

A OneWeb foi adquirida pelo governo britânico e o grupo indiano Barthi Global em julho de 2020, após a empresa enfrentar um processo de recuperação judicial (Chapter 11) e ter sido fortemente impactada pela pandemia. Em outubro passado, a Eutelsat aumentou a participação na operadora, ficando com cerca de 29% do capital social. Ainda são investidores na OneWeb a operadora Hughes (da EchoStar) o grupo japonês SoftBank e a Hanwha Techwin, subsidiária focada em segurança da Samsung

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