O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) encerrou o acordo com a Ericsson estabelecido no final de 2019 por conta do novo escândalo de corrupção envolvendo a fornecedora sueca no Iraque. A companhia comunicou nesta quarta-feira, 2, que o governo norte-americano considerou que o relatório sobre as investigações do caso entre 2011 e 2019 foi "insuficiente".
Por conta disso, o DoJ entende que houve quebra no acordo porque a Ericsson "falhou em prestar mais esclarecimentos relacionados à investigação" após a conclusão do relatório original em 2019. A empresa diz que está procurando o governo dos EUA para argumentar sobre "fatos e circunstâncias" da determinação e afirma que está comprometida em cooperar com o departamento.
Porém, a Ericsson deixa claro que o cenário é incerto. "Neste momento, é prematuro prever o resultado deste assunto". A fornecedora continua afirmando que a situação descrita em recentes matérias jornalísticas já foi abordada pelo relatório divulgado no último dia 15 de fevereiro, e que gastou "significativo tempo e recursos para entender" os fatos.
De acordo com a Ericsson, a investigação não conseguiu identificar nenhum envolvimento direto de funcionários com o financiamento a organizações terroristas no Iraque. A empresa indica, contudo, que houve contratação de terceiros que, além de práticas de corrupção e falhas de conduta, utilizaram rotas comandadas pelo Estado Islâmico (ISIS) para evitar a alfândega no país do Oriente Médio.