6 GHz: Brasil será hub regional para WiFi 6E e já pensa em WiFi 7

A decisão da Anatel de liberar toda a faixa de 6 GHz para equipamentos de uso não licenciado como o WiFi 6E pode tornar o Brasil em uma referência regional na adoção do padrão. O cenário deve abrir caminho para decisões semelhantes em vizinhos e preparar o País para a futura chegada do WiFi 7.

O posicionamento brasileiro foi comemorado durante evento virtual que reuniu a Anatel, a FCC (reguladora de comunicações dos Estados Unidos), empresas e associações nesta terça-feira, 2. Conselheiro do gabinete da presidente em exercício da FCC, Jessica Rosenworcel, Umair Javed destacou que o Brasil se tornou um líder global em disponibilidade de 6 GHz para Wi-Fi, ao lado dos EUA, da Coreia do Sul e do Chile.

Presidente da Dynamic Spectrum Alliance (DSA), Martha Suarez lembrou da Guatemala como outro exemplo de país que seguiu o caminho da faixa completa para Wi-Fi. Em 2021, a expectativa da entidade é que outras nações da América Latina tomem uma decisão final na mesma direção, uma vez que diversos processos já estão em curso.

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"O Brasil está se tornando um hub para o desenvolvimento do WiFi 6 na região, não só adotando a tecnologia, mas também criando condições para um desenvolvimento nacional", completou Suarez, durante o evento promovido pelos portais Wi-Fi Now e Convergência Digital.

WiFi 7

Representando a Anatel no encontro, o conselheiro e vice-presidente da agência, Emmanoel Campelo, também destacou que a decisão do regulador "cria um futuro" para o WiFi 7 no Brasil, uma vez que o esboço do novo padrão prevê uso de 320 MHz que só seria possível em 6 GHz.

CTO para o mercado wireless da Intel, Carlos Cordeiro destacou que, acompanhando a demanda do usuário, as mudanças de geração no Wi-Fi devem ocorrer dentro de espaços de quatro anos. Neste sentido, o executivo notou que o WiFi 7 poderá entregar velocidades 7,4 vezes maiores que o WiFi 6, que, por sua vez, é em média três vezes mais rápido que sua geração antecessora.

Todavia, a jornada do WiFi 6 no País ainda está no início. Para Cordeiro, "os brasileiros serão uns dos primeiros clientes do mundo a terem acesso" a produtos equipados com chipsets da Intel adequados á tecnologia. Entre as opções disponíveis estariam roteadores, laptops, placas-mãe e smartphones (como o Galaxy S21 Ultra, da Samsung).

Potência

Durante o debate, a Anatel chegou a ser questionada sobre a possibilidade da potência padrão de equipamentos Wi-Fi 6 ser liberada no Brasil – que, por enquanto, aprovou o funcionamento com limitações.

Segundo Campelo, a agência vai precisar de tempo para avaliar a possibilidade, ainda que o procedimento de revisão dos requisitos seja mais simples depois das decisões já tomadas. "A alteração do ato vai ocorrer quando existirem soluções mais maduras no mercado", afirmou Campelo. Entre que serão observados está a convivência com serviços de transporte inteligente (ITS) no limite inferior dos 6 GHz.

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