A operadora de satélite SES vai promover uma reestruturação organizacional para potencialmente separar sua unidade de conectividade. Segundo comunicou a empresa nesta segunda-feira, 2, a ideia é implantar uma estratégia de “simplificar e amplificar”, com foco nos pontos fortes da companhia, simplificando as operações e facilitando a inovação em busca de futuro crescimento.
Para tanto, afirma que a estratégia é a de “criar verticais ‘pure-play'”, com a potencial separação da divisão de redes dentro da empresa para aumentar a visibilidade externa e “apropriadamente configurar o negócio completo da SES para o futuro”. Assim, a operadora fará uma análise que incluirá a separação da estrutura de capital, dando acesso a capital externo e facilitando a geração de caixa em prioridades de valor sustentável para a companhia nas áreas de vídeo com a entrega de serviço DTH.
O foco nos pontos fortes será de colocar ofertas em segmentos lucrativos para a própria empresa, “duplicando onde faz sentido fazer isso, enquanto sai, reduz a exposição ou estabelece alianças e parcerias para servir em outros segmentos de mercado”. A companhia não diz onde isso seria feito ainda.
Já a simplificação das operações seria o realinhamento de iniciativas para maximizar eficiências e tornar a SES “fácil de fazer negócios”, Isso incluirá consolidação e reorganização de algumas funções para refletir a nova estrutura. Além disso, a empresa revisará seu alcance global. Como resultado da reestruturação, esperam uma geração adicional de EBITDA de 40 a 50 milhões de euros por ano a partir de 2021.
A SES também pretende focar em inovação ao se aprofundar em serviços como o da constelação não geoestacionária (NGSO) de baixa latência, além de arquiteturas multiorbitais com integração de funções de rede e automatização. Dessa forma, a operadora satelital quer promover maior integração e desenvolvimento com cloud por meio de todos os segmentos de mercado. Outro foco será a criação de um hub para incubar soluções com clientes e parceiros, desenvolver novas tecnologias e modelos de negócio por meio de “corporate venturing”, atuando como um fundo de capital de risco.