A TIM Participações, holding da TIM Sul e TIM Nordeste, encerrou o ano passado com lucro líquido de R$ 265,9 milhões, resultado 4,3% inferior ao obtido em 2003 (R$ 277,8 milhões). A receita operacional bruta atingiu R$ 3,43 bilhões (R$ 2,73 bilhões em 2003), com destaque para o crescimento anual de 110,1% nas receitas de serviços de valor adicionado (VAS), que totalizaram aproximadamente R$ 118,4 milhões em 2004.
E embora o Ebitda anual tenha crescido 10%, passando de R$ 805,5 em 2003 para R$ 886,2 milhões em 2004, a margem Ebitda foi reduzida em 3,6 pontos percentuais, caindo de 38,2% para 34,6% no mesmo período. Esta redução teve como principal causa o incremento do custo de venda dos aparelhos e das despesas comerciais com o acirramento da competição entre as operadoras. Em 2004, o custo de aquisição de novos clientes foi de R$ 124,4, 14% a mais em relação aos R$ 109,5 no ano anterior.
Base
A base de assinantes aumentou 33,8% no ano, passando a mais de 5,65 milhões de usuários (76,4% pré-pagos e 23,6% pós-pagos). Do total, 36% utilizam a tecnologia GSM. A penetração total nas regiões Sul e Nordeste foi estimada em 29% em 2004, média inferior à penetração nacional de 36,6%. A estimativa da empresa é de que a penetração no Sul tenha ficado em 39,5%, com market share da TIM de 47,9%; e, no Nordeste, 23,4% de penetração e market share de 39,9%.
A expansão da base de clientes, com aumento de 44% da base pré-paga, teve um impacto negativo de 8% na receita média por usuário (ARPU) da TIM Participações, que passou de R$ 38,09 em 2003 para R$ 35,03 ao término de 2004.
No ano passado, a TIM participações investiu R$ 675 milhões, dos quais R$ 308,9 milhões apenas no quarto trimestre, montante direcionado, principalmente, à expansão da rede GSM.
Mercado
Os resultados da TIM referentes ao quarto trimestre de 2004 foram considerados muito bons, acima das expectativas que vinham sendo emitidas por analistas do mercado de ações. O prêmio foi um forte movimento de compra, que elevaram o preço de todos os seus papéis: as PNs da TIM Sul tiveram alta de 5,26% (R$ 80,00) e as da TIM Participações, 4,59% (R$ 3,87).
O que chamou a atenção de profissionais ouvidos por TELETIME News foi a relativamente baixa perda anual de market share e de margem da TIM Sul, face à concorrência que já vinha sendo empreendida pela Claro e pela Vivo e, mais recentemente, pela entrada da BrT GSM. O impacto direto da operação móvel da Brasil Telecom pode ter equivalido a algo como 1,8 ponto percentual do total de 5,5 pontos que companhia perdeu no Sul no ano todo. Em dezembro, com um total de 2,99 milhões de assinantes, a TIM Sul ficou com 47,9% do mercado.