No dia 27 de dezembro, na última hora do prazo legal de 60 dias, o consórcio formado pela NEC, Splice, Ericsson, Equitel entrou com recurso junto à Telesp acusando a Promon/Nortel de dumping na licitação para a construção da rede de SDH metropolitana da cidade de São Paulo. Com um preço de 144 milhões, a Nortel está mais próxima de levar a concorrência. A diferença entre os dois grupos concorrentes foi de US$ 90 milhões.
Fontes bem informadas do mercado avaliam que o valor mais alto da proposta do primeiro consórcio se deve ao sistema de gerência das redes, considerado pela Telesp tecnicamente inviável. O consórcio apresentou um projeto que utilizava três tecnologias de gerência diferentes (um de cada empresa participante), que não conversavam entre si. O sistema integrador das três gerências custaria, só ele, cerca de US$ 50 milhões. Em Fortaleza, numa licitação para uma rede SDH de US$ 10 milhões, a Ericsson apresentou um sistema proporcionalmente até mais barato que o da Promon/Nortel. Ou seja, a alegação de dumping, segundo os observadores, será de difícil sustentação.