A Siemens afirma deter um market share superior a 50% dos terminais GSM em operação no Brasil. A empresa começou a fabricá-los no início de 2002, em Manaus (AM), para atender a Oi (a partir de junho de 2002) e a TIM (a partir de outubro de 2002). Agora, deve atender também a Claro, que está migrando seu sistema TDMA para GSM. Ainda segundo os executivos, a Siemens é líder também no fornecimento de estações radiobase (ERBs) GSM, com participação de 40%.
Na sua unidade de Curitiba (PR), a empresa alemã investiu US$ 20 milhões para ampliar a produção de módulos e centrais telefônicas do tipo HiPath 3000 e 4000 (corporativas) e centralizar toda a produção mundial desses equipamentos no Brasil a partir de outubro deste ano. Até então, essas centrais eram fabricadas na Alemanha.
O vice-presidente da Siemens, Aluizio Byrro, disse que o objetivo é ultrapassar, até 2005, os US$ 100 milhões com a exportação das centrais telefônicas. A produção de Curitiba irá para os EUA, Europa, América Latina e Ásia. Para 2004, a expectativa é atingir US$ 80 milhões em exportação.
Balanço
Segundo o balanço do exercício 2002/2003, encerrado em setembro deste ano
e divulgado nesta segunda-feira, 1º, pelo presidente da Siemens, Adilson Primo, a empresa conquistou o seu melhor faturamento líquido no Brasil: R$ 4,6 bilhões, resultado 14% acima do obtido no exercício passado. O lucro líquido no mesmo período foi de R$ 174,8 milhões. Do faturamento líquido total, a área de information and communications, que inclui o setor de telecomunicações, foi responsável por 40% (38% no exercício passado). Em 2005, a Siemens comemorará 100 anos de Brasil. O País representa entre 2,5% e 3% da receita total da Siemens mundial.
Segundo Primo, em 2004 a telefonia móvel ainda estará bastante aquecida. A previsão é de que as operadoras móveis movimentarão pelo menos US$ 2 bilhões em expansão de rede e compra de equipamentos. ?O setor deve, pelo menos, manter os investimentos de 2003?, diz Primo. O presidente da Siemens estima que o mercado de terminais feche o ano de 2003 com a venda de 13 milhões de aparelhos (CDMA, GSM e TDMA).
Apesar de a telefonia fixa não ter tido o mesmo peso para a Siemens na comparação com a telefonia móvel, a empresa conquistou dois importantes contratos para a implantação das redes de próxima geração (NGN) para a Brasil Telecom e Telefônica. A empresa participa também da licitação da NGN da Embratel. Segundo o vice-presidente Byrro, o processo está em andamento e não houve mudanças em função da venda do anúncio de venda empresa feito pela MCI. A previsão de Byrro é que, até o final deste ano, a Embratel conclua esse processo. Quanto à Telemar, Byrro afirma que a operadora deve retomar seus investimentos em NGN logo no início de 2004.