Pesquisadores pedem pausa no lançamento de satélites na baixa órbita

Imagem: Wirestock/Freepik

Um grupo de mais de 100 pesquisadores de áreas como astronomia, física e astrofísica enviaram carta à Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos solicitando uma interrupção na autorização para novos satélites de baixa órbita (LEO), até que uma avaliação abrangente de impactos ambientais das mega constelações seja conduzida.

A carta enviada à FCC no último dia 24 de outubro inclui assinaturas de profissionais das universidades de Columbia, Princeton, Harvard, Yale, Califórnia e Chicago, além de pesquisadores de outras instituições e astrônomos amadores. O pleito foi endereçado ao Departamento Espacial (Space Bureau) da FCC.

"O número de grandes satélites na camada mais baixa da órbita terrestre baixa aumentou 127 vezes nos últimos cinco anos, e o número total de grandes satélites em LEO cresceu 12 vezes, impulsionado pela SpaceX", indica a carta, estimando que os novos lançamentos nos próximos anos podem envolver de 58 mil a 500 mil novos artefatos.

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"Não devemos acelerar o lançamento de satélites nessa escala sem estarmos certos de benefícios que justifiquem as potenciais consequências das novas mega constelações que estão sendo lançadas", completaram os pesquisadores, que temem impacto dos sistemas LEO na observação do céu.

Dessa forma, a carta solicita que a FCC pause autorizações para novos sistemas de satélites de Internet em órbita baixa até que sejam realizadas revisões ambientais abrangentes sobre as mega constelações.

"A FCC está concedendo licenças por ordem de chegada, mas tanto o espaço orbital quanto o espectro de transmissão não são infinitos. Reguladores nacionais e internacionais precisam desenvolver um novo sistema de cooperação para compartilhar esses recursos comuns na nossa última fronteira. Até que haja uma coordenação abrangente, não deveríamos permitir que os interesses comerciais dos primeiros a lançar determinem as regras".

Hoje a Starlink, da SpaceX, é a principal empresa do segmento LEO, com mais de seis mil satélites em baixa órbita. Outros sistemas como a Kuiper, da Amazon, e o chinês SpaceSail também estão em gestação.

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