Oferta convergente não é um problema, diz TIM

Para o presidente da TIM, Stefano de Angelis, a concorrência com as ofertas combinadas das outras operadoras, que têm incluído ofertas de banda larga, voz e TV no mesmo pacote, não é uma ameaça, pois está restrita a uma quantidade reduzida de cidades e para uma faixa pequena da população. "Quando falamos de ofertas convergentes, elas têm atratividade no segmento de poder aquisitivo muito mais alto, que é menos de 10%. Não é a oferta convergente que será o driver principal. (Além disso) está em algumas cidades apenas, mas milhares de cidades não têm banda larga fixa", disse ele, durante a conferência de divulgação dos resultados do terceiro trimestre.

A TIM acredita que a sua rede de banda larga no Rio e em São Paulo, que hoje soma mais de 300 mil clientes, é suficiente para evitar esse tipo de concorrência nos dois principais mercados. "Estamos lançando ofertas convergentes também", diz de Angelis. No restante do país, a aposta da TIM é que a rede 4G em 700 MHz será o caminho para a oferta de uma nova proposta de banda larga. A TIM também acredita que a oferta de conteúdos de vídeo virá na forma de parcerias com parceiros inovadores, como a Netflix, que permitam à empresa se posicionar nesse mercado na oferta de vídeo-sob-demanda sem o legado dos custos de conteúdo. A operadora conta com a rápida liberação pelo Gired (grupo de implantação da TV digital) do uso da faixa de 700 MHz, sobretudo em cidades em que a rede 4G já está presente. Segundo o diretor de tecnologia da TIM, Leonardo Capdeville, boa parte das cidades que serão liberadas pelo Gired coincide com áreas em que a TIM já planejava a expansão da rede 4G.

OTTs

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Para Stefano de Angelis, a competição ou parceria com as operadoras OTT depende muito da equação de receitas e uso da infraestrutura da TIM. Ele explica que uma parceria com um serviço OTT que permite serviços de comunicação, como voz ou mensagem, precisa ser analisado à luz das receitas que ele pode canibalizar. "Se você oferece um plano de dados e um de voz e o usuário passa a fazer voz pela rede de dados, é preciso que a receita de dados compense a perda de voz", diz ele, em referência aos planos de dados que incluem WhatsApp, por exemplo. Já em serviços que não canibalizam receitas e geram valor para o cliente, como Netflix, a parceria pode ser mais interessante. "É preciso ver a oferta de valor".

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