Full billing prejudica BrT GSM

Apesar da introdução do full billing gerar um aumento na receita média por assinante e na receita geral das teles móveis, o resultado final da medida foi negativo para a Brasil Telecom. Como agora as taxas de interconexões entre as operadoras móveis são pagas a cada chamada, a Brasil Telecom GSM teve um acréscimo de R$ 75 milhões na receita. Por outro lado, a tarifação total resulta um aumento de custo e de impostos (especialmente PIS e Cofins), de forma que a medida gerou um gasto extra para companhia de R$ 93 milhões. O balanço final da mudança se reflete no Ebtida da companhia, que foi R$ 18 milhões menor, fechando em R$ 20 milhões negativos.
Charles Putz, vice-presidente financeiro e de relações com o mercado da empresa, explica que em linhas gerais as companhias cujos clientes fazem mais chamadas do que recebem tendem a ser prejudicadas com a mudança porque vão receber menos de taxas de interconexão, como é o caso da Brasil Telecom GSM. ?O perfil dos nossos clientes é de quem usa o seu telefone para fazer ligações e não apenas para receber?, diz. A introdução do full billing já está fazendo a empresa rever alguns planos, principalmente corporativos, cujos minutos na chamada móvel eram bem baratos, o que se compensava no pacote completo.
Nas projeções da companhia, a margem Ebtida da Brasil Telecom Participações que foi de 34,5%, teria sido de 36,3% sem o efeito do full billing. No acumulado do ano, a margem de 33,7%, teria sido ?mais de 34%".

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A nova metodologia da tarifação entrou em vigor dia 13 de julho, de modo que seu impacto não se deu durante o terceiro trimestre inteiro. ?A tendência é que consigamos minimizar esse impacto com a readequação dos planos, mas no quarto trimestre o impacto ainda será grande porque vai pegar os três meses inteiros?, diz Putz.

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