Claro quer liderar setor de telecom no Brasil, afirma UBS BB

Claro

Após um roadshow junto a operadoras de telecom no México, o banco UBS BB divulgou relatório na última semana em que destaca o objetivo da América Móvil (AMX) de se tornar a líder do mercado brasileiro de telecom.

No documento, os analistas Leonardo Olmos, Andre Salles e Gustavo Farias lembraram que a Claro, subsidiária da AMX no País, já é a primeira em banda larga fixa, com 10,1 milhões de acessos, superando a Vivo, que tem pouco mais de 7 milhões. 

Por outro lado, a situação é inversa quando o assunto é segmento móvel: com 101,3 milhões de acessos, a Vivo é a líder do ranking, enquanto a Claro é a segunda, somando 88,4 milhões, segundo dados da Anatel. 

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"Logo, presumimos que o discurso [de obter a liderança no Brasil] foi focado no mercado móvel", avalia o UBS. O relatório também fez considerações sobre o cenário competitivo doméstico.

"A AMX reconhece as dinâmicas competitivas desafiadoras no Brasil e espera que isso continue. Eles estão cientes de possíveis novos entrantes, como o lançamento da rede 5G da Brisanet e a oferta de MVNO do Nubank em 2025, mas mantêm o foco em se tornar o principal player no mercado", afirmam os analistas.

Retorno ao normal

No entanto, de acordo com o banco, investidores de olho no mercado brasileiro de telecom ainda temem um "retorno ao normal" da competição mais acirrada no setor mobile do País, o que acarretaria em uma disputa mais apertada. 

"No entanto, também temíamos que um 'retorno ao normal' pudesse ocorrer em 2024, o que não aconteceu. Preferimos a perspectiva de 'meio copo cheio': os benefícios da consolidação da Oi são duradouros, especialmente na redução do churn estrutural", apontam a instituição.

Assim, mesmo em caso de aumento da competição, o banco trabalha com a perspectiva mais sólida das operadoras no aspecto lucratividade, em comparação com alguns anos atrás. 

Banda larga orgânica

No caso da banda larga, o plano de expansão da Claro deverá sair do papel via crescimento orgânico, aponta o relatório do banco.

Na contramão do setor, marcado pela onda de aquisições de provedores menores, o UBS BB diz que a operadora não tem planos de fazer M&As no Brasil.

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