Alares conclui aquisição da Azza e mira novas aquisições

Denis Ferreira, da Alares

A Alares anunciou no final desta terça-feira, 1º, a conclusão da aquisição da Azza Telecom. O negócio de R$ 188,7 milhões foi divulgado em julho pela companhia e aprovado no mesmo mês pelo Cade.

Agora, a companhia passa a olhar para as sinergias e também aquisições de novos players relevantes no setor para avançar, indicou o CEO da Alares, Denis Ferreira, em entrevista ao TELETIME. 

Com o movimento agora finalizado, a empresa agregou 136 mil clientes da Azza à sua base e expandiu a presença no Estado de São Paulo a 48 cidades, entre elas Sorocaba, Iguape, Ibiúna, Ilha Comprida, Registro, Itupeva, Monte Mor e Taboão da Serra. Agora são cerca de 320 mil assinantes no estado.

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Segundo Ferreira, a compra da Azza abre importantes avenidas de crescimento para a operadora. "A gente enxerga a Azza com muito otimismo. Temos um processo claro das empresas que nos interessam. Essa aquisição consolida o nosso papel de um player relevante do mercado, exatamente por ter essa forma de fazer aquisições de maneira muito profunda e acelerada", afirma o executivo.

A expectativa do CEO e do diretor de fusões e aquisições da companhia, Álvaro Menezes, é completar a integração mais recente e captar 80% das sinergias em um prazo de até seis meses.

"A Alares tem uma plataforma já integrada que, quando a gente busca uma aquisição, há uma facilidade. Não são projetos isolados, há uma avaliação por cada área da companhia", diz Menezes. Neste momento, toda a liderança da Alares faz o processo de integração da cidade de Sorocaba (SP), sede da Azza.

Novos M&As

Com o movimento e a compra da provedora paulista Webby Internet, em meados de 2023, a base da Alares avançou mais de 50% em cerca de 12 meses, nota Denis Ferreira.

Ainda de acordo com o CEO, ainda há muitas oportunidades de negócios no mercado de ISPs. "A maior parte dos clientes banda larga no Brasil são de empresas não incumbentes", lembra.

Ele evita fazer projeções, mas trabalha tanto com crescimento orgânico quanto inorgânico para 2025 – um fator que vai balizar o avanço da operadora. "Isso [o nível de crescimento] vai depender do target que a gente vai adquirir."

Para os executivos, não há limites geográficos para eventuais M&As, ainda que boa parte dos assinantes vislumbrados sejam do Estado de São Paulo. Na mira, estão negócios com boa gestão, qualidade da rede e times bem capacitados.

No total, a companhia passa a ter uma base de 775 mil assinantes e a estar em 228 cidades, dos quais 639 mil usuários e 180 municípios já pertenciam à Alares. Além disso, chega a 3,3 milhões de casas passadas (HPs), somando as 2,5 milhões da Alares e 836 mil trazidas da Azza. Para para ofertar serviços como Internet banda larga, fibra óptica, TV por assinatura, telefonia fixa e dados, o negócio soma 126 lojas.

Com uma rede de fibra de 32 mil quilômetros, a base da operadora está distribuída por sete estados nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do País: além de São Paulo, também atua em Minas Gerais, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraná.

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