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Telesat espera fechar contrato para fabricar constelação LEO até final do ano

Diretor de desenvolvimento de produtos da Telesat, Manik Vinnakota, durante participação no primeiro dia do Congresso Latinoamericano de Satélites 2020

O modelo de negócios de redes satelitais em baixa órbita (LEO, na sigla em inglês) ainda é uma questão discutida no mercado, o que não impede empresas como a Telesat de investir nesse segmento. A companhia pretende assinar ainda neste ano um grande acordo para a construção dos satélites que serão utilizados no sistema, cujo propósito é focar em atender somente ao mercado corporativo, especialmente backhaul para redes 5G.

“Estamos muito próximos de chegar a um contratante principal, que vai construir os satélites e desenhar a rede terrestre. Esperamos que seja neste ano o anúncio”, afirmou o diretor de desenvolvimento de produtos da Telesat, Manik Vinnakota, durante participação no primeiro dia do Congresso Latinoamericano de Satélites 2020, nesta quinta, 1º. O evento, que este ano acontece online e continua até o dia 6 de outubro, é organizado pela Glasberg Comunicações e promovido pelo TELETIME.

De acordo com Vinnakota, considerando apenas a América Latina, a capacidade da rede LEO da empresa será de 2 Tbps, “o que equivale a que toda a constelação GEO entrega hoje”. A expectativa é que, no futuro próximo, possa entregar velocidades gigabits por site. Também há promessa de latência mais baixa pela característica física da proximidade da órbita – na rede fim a fim será abaixo de 100 ms (há previsão de extensão entre sites por micro-ondas), e na conexão espacial, abaixo de 50 ms. 

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A constelação LEO da empresa pretende ser uma solução fim a fim, com custo operacional mais competitivo pelo ganho de escala. Serão cerca de 300 satélites com ajustes dinâmicos de feixes e capacidade de acordo com as demandas.

Espaço-terra

A parte da infraestrutura terrestre é um elemento importante na estratégia da operadora. Serão 50 estações (que a companhia chama de “landing stations”, como as de cabo submarinos) que serão equipadas com tecnologia de rede definida por software (SDN) para a integração espaço-terra. A proposta é e de entregar uma rede “tipo mesh”, com resiliência.

“Com tudo isso junto, vamos entregar conectividade com nível de operadora. Isso significa que, comparando com América Móvil ou Verizon, vamos ter conectividade da mesma qualidade e SLA na nossa rede, como se fosse fibra. Inclusive em atendimento a padrões e facilidade de plug & play”, destacou Vinnakota. 

Mercado

A Telesat já iniciou demos em fase inicial para backhaul 5G com Telefónica (controladora da Vivo no Brasil) e Vodafone. Além disso, conta com um contrato de US$ 1 bilhão com o governo do Canadá, que assim subsidiará a rede de transporte satelital para operadoras e ISPs para um programa de universalização da banda larga no país. 

Conforme explica Manik Vinnakota, a decisão de se dedicar apenas ao mercado corporativo também passa pelo alto custo dos terminais para a banda larga residencial. Segundo ele, os aparelhos ficariam em torno de US$ 200. “Além disso, não vemos uma eficiência em LEO [no mercado residencial] nos próximos cinco anos“, afirma. 

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