O mercado de lançamento de satélites pode levar a um incremento na economia do Brasil a partir do momento em que o centro espacial de Alcântara começar a funcionar para lançamentos de satélites privados. A ideia do governo brasileiro é abrir o centro localizado no estado do Maranhão para induzir a indústria de tecnologia satelital no País.
O Brigadeiro do Ar José Vagner Vital, vice-presidente da Comissão de Coordenação de Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), disse que a proposta o centro de lançamento de Alcântara é atender tanto o setor privado quanto o setor público. "Nosso sistema de controle de tráfego aéreo nos coloca como um dos cinco mais seguros do mundo. E existe oportunidades para lançadores de todos os tipos de satélites. A ideia é permitir um incremento para a indústria brasileira", disse Vital.
O Centro de Espacial de Alcântara, diz o militar, permite um lançamento responsivo, para defesa, e possui uma capacidade de lançar para qualquer órbita. "Em Alcântara é possível atingir altas órbitas. E o nosso programa espacial brasileiro é integrado. Temos um acordo com a Agência Espacial Brasileira, que está viabilizando o chamamento público para os interessados em utilizar o Centro", disse.
Vital disse que o chamamento público da Agencia Espacial é para empresas que querem iniciar operação em Alcântara. "Agora, para utilizar o centro, que tem seu próprio lançador privado, que está buscando lucro e utilize os nossos serviços, exige adaptações do nosso Centro para a possibilidade de empresas privadas utilizarem o nosso centro para lançamento civil", afirmou. Vital também falou que depois do acordo de salvaguarda tecnológica, várias empresas americanas começaram a considerar Alcântara como uma área de negócios.
Indústria brasileira
Outro aspecto que também pode movimento o mercado de satélites no país envolve a sinalização de que há um agente que pode consumir produtos dessa indústria: o governo. Vital afirmou que o governo brasileiro adquire muitos serviços fora. Um deles é o de microssatélites, para radares. "Existe uma possibilidade de atrair investimentos para a indústria brasileira, a partir do momento em que a Defesa pode ser um cliente desses serviços".
E prosseguiu: "A partir do momento em que sinalizamos que este tipo de equipamento nos interessa, abre-se uma possibilidade para investimentos em tecnologia nacional", finalizou.