Setor reivindica atualização da base de lançamento de Alcântara

Os empresários do setor de satélite, embora reconheçam que tenham poucas informações sobre os planos do governo sobre o lançamento de um satélite geoestacionário, não vêem com bons olhos a criação de um satélite brasileiro. Durante o 9º Seminário Latino-Americano que acontece no Rio de Janeiro, diversos executivos mencionaram que o governo poderia, ao invés de investir no lançamento do satélite, usar os recursos para atualizar tecnologicamente a base de Alcântara, no Maranhão. Hoje a base de Alcântara não suporta o lançamento de satélites usados para telecomunicações, apenas de satélites para meteorologia e pesquisa que são menores.
"O governo brasileiro teria muito mais benefício se investisse na base de lançamento. Sem dúvida é uma grande oportunidade para o governo", argumenta Gustavo Silbert da StarOne. Já Estevão Ghizoni da Intelsat lembra que o surgimento de novas bases de lançamento pode levar a uma redução do custo.
Délio Morais, presidente da Hughes, disse que não consegue ver como o satélite brasileiro poderia beneficiar o setor, na medida em que não se sabe se a capacidade desse satélite seria disponibilizada comercialmente. Como cidadão, Morais, tem uma posição mais dura. "A pergunta que eu me faço como cidadão é, por quê? Não vejo o menor sentido. Não sei o que vem fazer esse satélite brasileiro", critica.

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Na próxima sexta-feira, 2, no 9º Seminário Latino-Americano terá apresentações de representantes do Ministério da Defesa, da Agência Espacial Brasileira e do Ministério da Comunicações que debaterão o assunto com mais detalhes.

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