O interesse por parcerias vem movimentando muitos contatos entre operadoras de TV paga e de telefonia. "Todas as empresas de telefonia conversaram com todas as empresas de TV por assinatura sobre este assunto. Potencialmente temos uma infra-estrutura de última milha que muitas operadoras gostariam de ter. É preciso ver apenas como fazer esta sinergia", diz Alexandre Annenberg, presidente do conselho da ABTA. A telefonia pode representar um alento para o setor. Como observou o próprio Annenberg, durante os dez anos de TV paga no Brasil, ninguém conseguiu atingir lucros ainda com a atividade. A expectativa de se chegar a até sete milhões de assinantes na virada do século ficou longe de ser cumprida e o Brasil ostenta hoje uma penetração do serviço de apenas 7%, perante os 90% dos Estados Unidos. O setor vive dificuldades como a crescente carga de impostos, barreiras na utilização de postes e dutos alheios e a alta do dólar, que pesa diretamente sobre os custos de programação e de infra-estrutura.
