Procedimento de caducidade da Oi ainda não está aberto, esclarece Quadros

Juarez Quadros (Foto: Augusto Costa)

O procedimento de caducidade da Oi não foi propriamente aberto ainda pela Anatel, mas isso acontecerá eventualmente, provavelmente antes da Assembleia de Credores, dia 9 de outubro. O presidente da agência, Juarez Quadros, esclareceu que o anunciado na quinta-feira, 31, foi uma solicitação por parte do conselheiro Igor de Freitas, que foi designado ainda em junho do ano passado como coordenador do núcleo de ações para acompanhar o processo de recuperação judicial da companhia. No entanto, já foi escolhido por sorteio eletrônico o relator do processo: será o conselheiro Leonardo Euler de Morais. "Ele vai receber o processo, terá que fazer sua análise elaborada, e então ele pede ao presidente (Quadros) para pautar o assunto para uma reunião do conselho", diz, explicando que Morais é quem ditará o tempo que isso levará.

De acordo com Quadros, o sorteio para escolher o relator no processo já sinaliza a abertura – Leonardo de Morais necessariamente terá que abrir o processo, ou aproveitar o que já está aberto de acompanhamento. Reitera, entretanto, que o assunto ainda não está em pauta do conselho. "Provavelmente não será (na reunião) no dia 14, porque ele (Morais) tem que preparar uma análise bem circunstanciada", diz.

O presidente da Anatel também destaca que o processo de caducidade de concessão é uma aplicação legal, e que as outras licenças da Oi (serviço móvel, comunicação multimídia e TV por assinatura) são autorizações – para tanto, o processo é de cassação. Quadros ressalta que a análise dependerá do julgamento do conselheiro Morais, e que os demais conselheiros ainda decidirão se acompanharão o voto do relator. "Então não há nenhuma decisão, foi apenas encaminhamento de proposição que ainda levará algum tempo para ter o julgamento finalizado."

Notícias relacionadas

Juarez Quadros compara com o ocorrido com a Sercomtel, cujo processo de caducidade de outorgas foi instaurado dia 24 de agosto, mas com acompanhamento econômico-financeiro iniciado em 2012. "O processo da Sercomtel demorou bastante devido à cautela", afirma. "A situação da Oi é mais urgente, mas não pelas condições operacionais, é mais pela situação econômica e financeira." No caso da Sercomtel, além de instaurar processos para STFC, SCM e SMP, foram aprovadas restrições mais rígidas para alienação e oneração dos bens móveis e imóveis da operadora. E se criou um grupo interno para avaliar e propor ações complementares para a garantia dos direitos dos usuários.

3 COMENTÁRIOS

  1. A Anatel entrar com um recurso nessa circunstância, seria desqualificar a necessidade de agilizar a recuperação judicial. Quanto a cassação; considerado impossível. A Oi está agindo de acordo com a justiça brasileira, para motivo de entendimento em relação a contratos, "bondholders", créditos no exterior, etc. A empresa é correta, e o esclarecimento é algo necessário em certas situações padrões.Nada Demais! Se não o Don ja teria pago essa merreca.

  2. A Anatel entrar com um recurso nessa circunstância, seria desqualificar a necessidade de agilizar a recuperação judicial. Quanto a cassação; considerado impossível. A Oi está agindo de acordo com a justiça brasileira para motivo de entendimento em relação a contratos, "bondholders", créditos no exterior, etc. A empresa é correta, e o esclarecimento é algo necessário em certas situações padrões.Nada Demais! Se não o Don já teria pago essa merreca.

Deixe um comentário para Taylor Cancelar resposta

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!