Foi anunciada nesta quarta-feira, 1, o nome da nova operadora de cabo formada a partir da fusão entre Canbras e Horizon, recentemente aprovada pela Anatel: Vivax. A nova marca engloba tanto os serviços de TV por assinatura quanto de Internet em banda larga e pretende posicionar a operadora primordialmente como uma empresa multi-serviços. De acordo com Chris Torto, presidente da Vivax, serão construídos ao longo de 2005 mais de 600 km de redes em 12 cidades – a empresa não especifica as localidades, todas no Estado de S. Paulo – mas espera nestas praças superar 100 mil homes passed, com o objetivo de atingir a média de penetração que tem no conjunto de suas operações, na casa dos 25%. O presidente da empresa destacou que a Vivax é uma empresa que goza de boa saúde financeira, tem dívida em reais (cerca de R$ 100 milhões) e ocupa a segunda colocação no segmento de cabo, com 275 mil assinantes (ARPU de R$ 85,00).
A Vivax (na verdade, a Horizon) ainda tem um empréstimo aprovado de R$ 130 milhões com o BNDES, mas a empresa não deve usar esses recursos para não criar mais dívidas.
Capitalização
"Não estamos à procura de outros sócios", afirma o executivo. São sócios da Vivax: o Grupo Brasil TV a Cabo (empresáros brasileiros, antigos donos da Paranapanema) com 51% do capital votante; e um bloco financeiro estrangeiro (49% do capital com direito a voto) formado por fundos de investimento, entre eles o Great Hill Partners, Spire Capital e GE.
Chris Torto lembra que a empresa está capitalizada e, na sua opinião, na direção certa. A Vivax deve faturar cerca de R$ 270 milhões em 2004, ou 20% acima de 2003. Para 2005, os números esperados são mais 7,5% de crescimento da base, e mais 50% de usuários de Internet banda larga (hoje são 50 mil usuários). A Vivax também espera faturar mais 15% em 2005, em relação a 2004. Para tanto, serão investidos nos próximos 12 meses R$ 30 milhões, a maior parte na construção de novas redes e expansão das atuais.
