A operadora de satélites SES fechou o primeiro semestre de 2024 com uma receita de 978 milhões de euros, em queda de pouco menos de 1% na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa sediada em Luxemburgo manteve a projeção de que terá uma receita entre 1,940 bilhão a 2 bilhões de euros para 2024.
Como esperado, novamente a área de redes foi o destaque da companhia. Essa vertical cresceu 5%, fechando o primeiro semestre com faturamento de 523 milhões de euros. "As redes, que agora representam mais de 50% do nosso negócio, continuaram crescendo por causa das conquistas relevantes no segmento governamental", disse o CEO da SES, Adel Al-Saleh.
O balanço da operadora indicou que esse impulso veio do crescimento de 8,4% na comercialização de serviços para governo (255 milhões de euros), além do avanço de 11,1% em mobilidade (154 milhões de euros). Por outro lado, a receita total com dados fixos fechou em 114 milhões de euros. Isso é 8,1% a menos do que o reportado no mesmo período do ano passado.
O setor de vídeos também fechou em queda (-6,7%). A vertical se mantém como a segunda maior fonte de receitas da companhia – com faturamento de 453 milhões de euros no primeiro semestre de 2024. De acordo com a SES, o desempenho de vídeos se deu em razão do encolhimento na receita em mercados maduros.
Lucro e dívida
O lucro antes de juros, impostos e amortização (Ebitda) atingiu 525 milhões de euros na métrica ajustada para o primeiro semestre de 2024 – queda de 0,9% na comparação ano a ano. A margem foi de 54%.
Já o lucro líquido ajustado da SES no primeiro semestre de 2024 foi de 111 milhões de euros, o que representa uma redução de 5 milhões de euros em relação ao mesmo período de 2023. A companhia também reportou uma dívida líquida ajustada em 30 de junho de 2024 de 1,7 vezes o Ebitda ajustado – o que corresponde a 892,5 milhões de euros.
O3b mPOWER e Intelsat
Em nota, o CEO da SES disse que a entrada do O3b mPOWER em serviço comercial em abril foi um marco importante para a companhia, "com clientes comprometidos agora sendo implantados no sistema". Al-Saleh também afirmou que a empresa segue no "caminho certo" para expandir a constelação inicial.
O lançamento dos satélites 7 e 8 estão programados para o final deste ano. Em 2025, serão os satélites 9, 10 e 11. Já em 2026, serão os modelos 12 e 13 da frota.
O CEO também mencionou o acordo para adquirir a Intelsat, que está previsto para ser concluído na segunda metade do próximo ano. Segundo o executivo, a integração das duas empresas visa criar um operadora multi-orbita mais robusta, capaz de competir com soluções end-to-end em segmentos de mercado em crescimento valiosos. "Estamos bem encaminhados com nosso planejamento de integração e processo de aprovações regulatórias", concluiu Al-Saleh.