Para Warner Media, TV paga vale mais do que nunca, mas deve acompanhar usuário

Jim Mezza, vice-presidente da Warner Media, no PAYTV Forum

Segundo o vice-presidente executivo da AT&T e Warner Media, James Meza, ao contrário do senso comum, a TV por assinatura hoje é mais valiosa do que jamais foi. Há, claramente, uma mudança na forma de acesso ao serviço, mas cabe ao setor abraçar essa mudança. "As pessoas não sentam em frente à TV o tempo todo. Nós temos que ir onde estão e levar o conteúdo até elas", disse o executivo no PAYTV Forum 2019, realizado esta semana e organizado pela TELA VIVA e TELETIME.

Ele destaca que os serviços over-the-top são o principal motor do consumo de vídeo na banda larga fixa e móvel. "Metade da audiência de Game Of Thrones não foi do consumo linear tradicional", disse. A Warner Media é a proprietária da HBO.

A aquisição da Time Warner pela AT&T foi um movimento para manter as empresas competitivas neste cenário. Da fusão sairá um novo produto no próximo ano nos Estados Unidos, o HBO Max, mas ainda sem planos para outros países, inclusive Brasil, anunciados.

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Segundo ele, o grupo manterá o negócio tradicional de canais pagos paralelamente ao HBO Max. O serviço será oferecido de forma independente, mas também com parceiros. "A transição (para o modelo OTT) será opcional", explica.

Segundo Meza, ainda não foi anunciado plano de lançamento internacional do serviço. No Brasil, a Turner e a HBO operam separadas da Sky por imposição regulatória. Para ele, por conta da situação jurídica única enfrentada no país, há insegurança para novos investimentos. O executivo foi categórico ao afirmar que novos investimentos no Brasil ficam suspensos até que haja uma decisão definitiva sobre a fusão das empresas. "A AT&T tem muito interesse no Brasil. Temos empregados aqui e queremos estar aqui para competir", completou o executivo, ressaltando que o Brasil é hoje o único mercado em que a empresa atua em que existe uma limitação onde uma operadora de telecomunicações não pode produzir conteúdo, e vice-versa. Para ele, a tendência de convergência entre estes dois setores é irreversível.

1 COMENTÁRIO

  1. A lei do SEAC é um atraso para o modelo atual de negócios. Deveria focar apenas na obrigatoriedade de produzir conteúdo nacional, de resto, não deveria impedir que empresas sejam donas de programadoras e operadoras. Pela lei do SEAC, a própria Netflix e a Amazon Prime Video já ferem o sistema, uma vez que são produtoras e distribuidoras de conteúdo.
    Acredito que a Lei do SEAC deveria ser revista, assim como a Lei que proíbe que empresas estrangeiras tenha apenas 30% do capital de um canal aberto.
    A Band/RedeTV nas mãos da WarnerMedia ou Disney seria uma benção para nós!

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