Ações da Oi despencam após endividamento crescer no trimestre

O preço das ações do grupo Oi de telecomunicações despencaram na tarde desta quarta-feira, 1º, horas após a empresa divulgar seus resultados financeiros do segundo trimestre deste ano. O motivo seria uma alta de 34,7% na dívida líquida da empresa, que terminou o período fiscal em R$ 23,535 bilhões.

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No encerramento do mercado, às 18h, as ações ON, que dão direito a voto na companhia, estavam cotadas a R$ 10,84, queda de 8,05% no dia. Já as preferenciais, que dão direito a recebimento preferencial de dividendos, caíram  7,17% e encerraram o dia valendo R$ 9,45.

Segundo analistas ouvidos por este noticiário, a debandada de investidores desta carteira ocorre por conta de uma insatisfação de parte dos acionistas do grupo que parece não ter gostado muito do endividamento da empresa, que já corresponde a 2,8 vezes a geração de caixa medida pelo EBITDA, hoje em R$ 2,141 bilhões.

Em outras palavras, há um temor de que o dividendo seja suspenso caso a dívida da empresa continue crescendo. Afinal, a política de dividendos da Oi prevê um freio na distribuição de dinheiro aos ‘sócios’ quando o endividamento da empresa chega a três vezes o EBITDA. “É um valor que veio um pouco acima do esperado pelo mercado, cerca de R$ 1,5 bilhão a mais e assustou algumas pessoas, que agora preferem vender para ter algum lucro”, comenta uma fonte que não quis ser identificada.

Procurada, a Oi informou que mantém seu guidance de endividamento na casa dos 2,8 vezes o EBITDA, conforme já comunicado aos acionistas. A empresa esclareceu também que trabalha com uma política de dívida/EBITDA de seis meses, e não de 12 meses como os analistas do mercado. Tal diferença contábil daria uma relação dívida/EBITDA menor do que a prevista pelo mercado. Ou seja, pelas contas da Oi a relação está em 2,67 vezes a geração de caixa da companhia.

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