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ConectarAgro vira associação em prol da conectividade 4G no campo

A iniciativa ConectarAgro, criada há pouco mais de um ano por empresas do agronegócio em parceria com TIM e Nokia, virou uma associação cuja missão é fomentar a conectividade do campo através de redes 4G em 700 MHz, incluindo NB-IoT. A entidade nasce com oito associados: AGCO, Climate-Bayer, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble. A ConectarAgro está aberta para receber novos associados, inclusive outras operadoras ou fabricantes de infraestrutura que trabalhem com 4G em 700 MHz. 35 empresas de diferentes áreas já demonstraram interesse em se associar. O presidente para o primeiro mandato, com duração de dois anos, é o executivo Gregory Riordan, da CNH Industrial.

Conforme a TIM já havia divulgado, em dezembro de 2019, a iniciativa contabilizava mais de 5,1 milhões de hectares cobertos com 4G em 700 MHz (acima da meta prevista inicialmente) distribuídos por 218 cidades de oito estados, somando 50 mil propriedades, 90% das quais de pequeno porte, com até 100 hectares, e beneficiando 575 mil pessoas.

Agora, com o novo formato de associação, a ConectarAgro tem como meta até 2021:

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  • Alcançar 13 milhões de hectares conectados;
  • Implantar um projeto educacional, inclusive de ensino a distância, para tirar proveito da conexão;
  • Ampliar o ecossistema de Internet das Coisas, seja em dispositivos ou serviços, para maior retorno; e
  • Criar novos modelos de negócio, para atuar tanto com empresas regionais pequenas quanto outras de maior alcance.

“O trabalho neste primeiro momento foi feito com grandes grupos. Fizemos projetos customizados para cobrir completamente as áreas produtivas, atendendo máquinas e pessoas”, relatou Alexandre Dal Forno, executivo da TIM responsável pelo projeto, durante coletiva de imprensa online para lançamento da associação nesta quarta-feira, 1º de julho.

Ecossistema

O presidente da associação, Gregory Riordan, ressaltou que a inclusão de outras operadoras (possivelmente também ISPs) é algo esperado pela entidade. “Um dos objetivos da associação foi de abrir para todos participarem, e isso inclui operadoras e fabricantes de máquinas e tecnologia. Nosso objetivo é tornar isso [a conectividade em 4G e 700 MHz no agronegócio] um padrão pelo uso, e não por imposição. Essa capilaridade de mais empresas é extremamente importante, pois só assim virará esse padrão”, destaca.

Tecnologia

“A tecnologia 4G foi escolhida por ser uma plataforma aberta, acessível, global e escalável, o que facilita a entrada do pequeno agricultor. É também bastante simples, pois é a mesma conectividade que usamos na cidade”, explicou Mateus Barros, líder de negócios da Climate-Bayer. “Além disso, o 700 MHz pode ser usado em quase toda a América Latina. Esse foi um dos pontos que pesou positivamente para a sua escolha”, acrescentou Riordan.

O 5G não está descartado, mas a associação entende que o 4G é o mais adequado em termos de cobertura e ecossistema, pelo menos nesta primeira etapa. Isso porque as frequências hoje consideradas para a quinta geração são mais altas (de 3,5 GHz, por exemplo), o que significa um alcance muito menor para grandes áreas abertas. “Hoje não vejo necessidade do 5G no agronegócio. O 4G cobre toda uma área que outras tecnologias teriam dificuldades”, afirma Leonardo Finizola, da Nokia, citando também restrições no uso de conectividade via Wi-Fi e via satélite. “Nós chegamos hoje com uma rede de 34 mil hectares por site em todos os casos. Quando o 5G chegar, a rede vai estar preparada, só precisa mudar a parte de rádio”, destaca.

Além da conectividade no campo, a ConectaAgro terá como objetivos fomentar o ecossistema de Internet das Coisas (IoT) voltado para o campo; educar os agricultores sobre o uso da tecnologia; e alinhar os associados na interação com fóruns públicos e privados do seu interesse.

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