WxBR terá produto nacional neste mês

A primeira empresa brasileira que vai produzir equipamentos WiMax (CPE e estações radiobase) é a WxBr, que acabou de ganhar um CNPJ e é composta pelos investidores AsGa, Icatel, PadTec e Trópico. A empresa tem sede própria nas instalações do CPqD, em Campinas. Seu presidente, Carlos Klemz, já trabalhou no CPqD e na Alcatel.
A empresa terá produtos para 2,5 GHz, 3,5 GHz e 5,8 GHz, aproveitando a experiência de três anos do CPqD. Em três meses terão uma estação radiobase pronta para 3,5 GHz e neste mês um produto piloto para testes de certificação na Anatel.
Até o final do ano a empresa deve contar com 20 funcionários e a linha de produção será terceirizada com a AsGa, na unidade de Santa Rita do Sapucaí.

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A empresa tem como parceiros além do CPqD o centro de pesquisas Ceitec, de Porto Alegre e a meta é o desenvolvimento de todo o portfólio de produtos: ERBs, CPEs e sistemas de gerenciamento de rede. Em uma segunda fase, em 2009 prevê o desenvolvimento do chipset que poderá embarcar dispositivos móveis. Entre as vantagens do produto nacional, Klemz destaca, além da isenção do IPI, a adequação dos equipamentos ao mercado brasileiro. "Não temos sistemas legados, vamos produzir de acordo com a demanda do nosso mercado", diz o executivo, que participou nesta terça-feira do evento "As licenças de WiMax e alternativas de modelagem", promovido pela Momento Editorial.
Segundo Ivan Campagnoli, diretor da Embratel, a empresa aguarda com ansiedade a produção local de equipamentos, tanto por companhias internacionais, como a Motorola, seu atual fornecedor de tecnologia, como nacionais para baratear produtos. O executivo acha importante que o Brasil conte com produção local de empresas nacionais para garantir expertise na tecnologia.

Reversão de expectativas

Marcos Takanohashi, diretor da Motorola, disse que a companhia terá que rever seu plano de negócios e time to market no Brasil diante da afirmativa de Jarbas Valente, da Anatel, de que o edital só estaria pronto em agosto de 2009. "Vamos perder um tempo precioso de oferta de serviços. 2009 e 2010 exigirá um outro plano de negócios, será uma outra realidade tecnológica", afirma o executivo. Para ele o Brasil vai perder um tempo precioso na disseminação da oferta de banda larga.

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