Covid-19 trouxe impacto no tráfego para a Hughes

Foto: Pixabay

Assim como na conexão de Internet fixa, a banda larga satelital também apresentou aumento da demanda com a pandemia do coronavírus (covid-19). Para a operadora Hughes, houve aumento de 30% no tráfego, mas houve outros desafios no período. "O grande impacto que a gente está tendo é ter que antecipar coisas que no planejamento, seria mais para o final do ano ou início do próximo", declara o presidente da Hughes Brasil, Rafael Guimarães, em entrevista para o TELETIME. "Passamos por um período ruim, mas agora está melhorando."

A comparação é com as redes de celular: a operadora tem feixes e a capacidade satelital em grande volume, mas há um limite fixo. Ao contrário das redes 4G, entretanto, o satélite não pode receber uma atualização de hardware no espaço. "A gente se programa para ir crescendo, mas em um determinado momento tem que parar de crescer, pressupondo um padrão de uso. Quando aumenta 30%, todo o planejamento vai para o saco."

O executivo afirma que o aumento do consumo foi em parte compensado com o início da operacionalização do satélite da Yahsat, o Al-Yah 3. Mas a integração da empresa após a formação da joint-venture no ano passado ainda está em progresso. 

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Rafael Guimarães afirma que houve não apenas aumento de tráfego, mas também a mudança de perfil do consumo de dados como registrado pelas operadoras de telecomunicações. Antes, as redes tinham um pico entre 19h e 0h. Com o aumento do isolamento social, há uma tendência que perdura durante o dia, das 9h até a 0h. 

Mas pelo menos a parte da infraestrutura terrestre está lidando bem com a pandemia, segundo o executivo. "Quando o tráfego de todos os terminais chegam nos gateways, há o entroncamento. Essa parte está bem dimensionada, não houve gargalo", declara.

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