As recentes mudanças na Telebrás e no Ministério das Comunicações constarão no estudo de viabilidade comercial da CEEE Telecom, subsidiária de telecomunicações que a CEEE, grupo gaúcho do setor energético, que pretende criar uma rede de fibras para explorar os mercados de smart grid e de banda larga no Rio Grande do Sul. A preocupação é que haja uma mudança significativa de rumo na forma com que a Telebrás vinha trabalhando. A informação é de José Eduardo Azarite, diretor do CPqD, empresa responsável pelo diagnóstico de viabilidade da nova empresa. Azarite participou do seminário internacional que o CPqD realiza nos dias 1 e 2 de junho, nas instalações da empresa, em Campinas, São Paulo.
A CEEE investiu R$ 364 mil no estudo, que contou com a análise minuciosa de aspectos econômicos, tecnológicos, regulatórios, fiscais, tributários, de energia e telecomunicações e de modelos empresariais. "Esse relatório foi entregue em abril, mas a CEEE solicitou um 'ajuste fino' em relação ao cenário do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). É claro que a saída do Rogério Santanna (da Telebrás) também precisa ser avaliada. É preciso analisar o ambiente político", explicou. O novo estudo deve ser entregue à CEEE nos próximos dias.
Perda de um aliado
Apesar das mudanças na Telebrás, Azarite demonstra otimismo com o fato de Caio Bonilha, que assumirá em junho a presidência da estatal, fazer parte da mesma equipe de Santanna.