Na visão da Huawei, existem quatro áreas estratégicas em que as operadoras de telecomunicações têm maiores possibilidades de desenvolver negócios nos próximos anos. São elas a área de banda larga móvel, machine-to-machine, cloud computing e home networking. Segundo Ron Raffensperger, diretor de core networks marketing e porta-voz da empresa, essas são as áreas em que as teles poderão desenvolver aplicações e serviços. "Definitivamente, ser apenas provedoras de banda não á um bom negócio para as operadoras", diz. Segundo o executivo, o desenvolvimento dessas áreas é fundamental para permitir que as pressões de custo e por maiores demandas de banda sejam compensadas por mais receitas. "Essas são áreas em que as operadoras ainda podem obter receitas novas". Ele ressalta que as operadoras precisam encontrar maneiras de conseguir trazer receitas também da ponta do conteúdo, e que isso virá da adição de valor à rede. "Dá para fazer isso respeitando os limites de neutralidade de rede".
Mas se por um lado a Huawei reforça a necessidade de que as teles busquem novas alternativas de negócio como forma de compensar as necessidades crescentes de investimento, por outro a empresa tem mantido uma postura neutra em relação às tecnologias para se chegar a isso. Não se ouve a empresa advogar por uma ou por outra tecnologia. "A única coisa comum a todas as tecnologias e plataformas que desenvolvemos é que por trás de tudo está o IP", diz Raffensperger.
Home networking
Com a necessidade de integração de vários serviços, a Huawei vem reforçando para as operadoras a necessidade de ampliar o core IMS em suas redes. Além disso, Duke Fu, diretor de marketing de redes de acesso óticas, diz que uma das apostas da empresa está na plataforma SingleFAN (Fixed Access Networks), que permite a integração de várias redes para ultrabanda larga tais como xDSL, PON e NGPON. A divisão de acesso da Huawei estima que já tenha 1,49 milhão de acessos GPON, 1,38 milhão de acessos EPON e 134 milhões de portas DSL instaladas.