Brasileiro gastou mais com smartphone e o utilizou mais compulsivamente em 2014

O brasileiro está gastando mais e utilizando mais os smartphones, tornando-se mais conectado – e até mais paranoico, checando o aparelho mais constantemente. Essa é a conclusão de uma pesquisa do Ibope Bus a pedido da fornecedora de chipsets Qualcomm com dados de 2014 e divulgada nesta quarta-feira, 1º. O levantamento foi feito com 2.002 entrevistas com homens e mulheres de 16 anos ou mais e de todas as classes e regiões do País. De acordo com o instituto, a margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, com confiabilidade de 95%.

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O Ibope diz que 100% dos usuários que têm smartphone possuem algum tipo de acesso à Internet, sendo 80% por meio de rede móvel 3G/4G e 20% com acesso à banda larga fixa via Wi-Fi. Esses últimos afirmam que não usam a banda larga móvel por considerar os planos caros (ou por não ter como pagar por ele) e por enfrentar limitações das próprias operadoras para o atendimento do serviço. Dos que possuem Internet móvel, a maioria (60%) possui plano de dados pré-pago. O instituto afirma que "estar online o tempo todo é a razão apontada como o primeiro motivo para que os usuários queiram comprar um smartphone".

O levantamento afirma que houve um aumento de 14% de 2013 para 2014 no gasto médio do brasileiro para adquirir um novo celular, passando dos R$ 700 para R$ 900. Na interpretação do Ibope, isso significa que os entrevistados estariam dispostos a pagar mais por um aparelho. Segundo a pesquisa, 19% dos brasileiros têm um smartphone com os sistemas iOS, Android ou Windows Phone, enquanto outros 7% possuem smartphones com outros sistemas, como BlackBerry e Bada.

Novamente, a principal razão (67%) para adquirir um smartphone é a necessidade de se manter conectado o tempo todo. Para 50%, a conveniência para fazer várias coisas ao mesmo tempo é o motivo apontado, enquanto 30% compram o aparelho para acessar as redes sociais. O uso da Internet nos smartphones é citado pela maioria dos entrevistados, e as principais razões são envio de mensagens online (61%), trabalho (26%) e estudo (13%).

No ano passado, 90% dos usuários utilizaram redes sociais pelo celular, enquanto 89% disseram se comunicar por meio de mensagens over-the-top (OTT). O uso desses serviços (como WhatsApp, Line, Viber e Skype) aumentou 164% no comparativo anual, enquanto os serviços de voz comuns caíram 64%.

O Ibope aponta que houve diminuição de 77% para 70% no número de usuários que ouvem música pelo celular, e de 66% para 58% para recebimento e envio de e-mails. Ainda assim, escutar música com mp3 e outros formatos de arquivo armazenados no aparelho ainda é a forma de utilização off-line mais popular, ao lado dos games – a companhia não divulgou números deste último. Outra atividade que perdeu popularidade foi o uso diário de serviços ou aplicativos de e-commerce pelo dispositivo móvel: caiu de 29% em 2013 para 13% em 2014.

A pesquisa encomendada pela Qualcomm diz ainda que o brasileiro continua resistente na hora de pagar por aplicativos: 73% dos usuários afirmaram que nunca pagariam por um, enquanto 83% disseram que nunca pagariam por um aplicativo de serviço. Dentre os apps gratuitos, a maioria dos entrevistados declarou procurar programas de diversão e entretenimento, e 40% disseram possuir todos os aplicativos de que precisam.

Paranoia

O crescimento no uso, em especial dos mensageiros OTT, acaba provocando a compulsão de checar a tela do aparelho a cada instante por notificações. De acordo com o Ibope, 36% dos usuários checam os smartphones a cada 5 minutos nos dias de semana, e 24% a cada 15 minutos. Uma parcela menor (20%) checa de meia em meia hora. Ou seja: em geral, 80% dos usuários olham para a tela do aparelho pelo menos uma vez a cada 30 minutos.

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