A TIM anunciou que entrou na última quinta, 31, com uma representação no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) contra a nova campanha publicitária da Claro, por propaganda enganosa.
Segundo a TIM, o filme "Claro Fala Mais Brasil por Chamada" induz o consumidor a um entendimento errado das reais condições da oferta. O comercial comunica que o cliente usufruirá de preços promocionais de R$ 0,25 por chamada de Claro para Claro em todo o Brasil; R$ 0,45 por ligação para fixos locais; e R$ 0,45 por dia para torpedos para qualquer operadora, o que não representa a oferta de fato, segundo a denunciante. "Na realidade, a cobrança não é por chamada, como afirma o comercial, e sim por cada 30 minutos nas chamadas para Claro e por cada 10 minutos nas chamadas para fixos (o que só é revelado no regulamento da promoção). Assim, a chamada pode custar muito além do valor anunciado no comercial, lesando o cliente". Além disso, segundo nota da TIM, há limite de 300 torpedos por dia que não é comunicado, acrescenta a tele. "Vale ressaltar que o chamariz 'Troque o Chip' poderá seduzir os consumidores a mudarem de operadora ao deixar de comunicar as condições reais de suas ofertas nas peças publicitárias".
Esta reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Claro, que informou que ainda não foi notificada sobre a representação e que só se pronunciará a respeito de tomar conhecimento formal.
As representações entre operadoras de telecomunicações são, de longe, as mais frequentes no Conar. Só neste ano, em apenas dois meses (excluindo-se janeiro, mês de férias), foram 14 ações envolvendo operadoras como Nextel, TIM, Net, Vírtua, Vivo, Sky, Oi, Claro, Intelig e Telesp. A maioria das denúncias questiona a clareza das informações anunciadas nas campanhas publicitárias, a dificuldade que os consumidores têm, de modo geral, para compreender as variáveis nos planos ofertados, anúncios inverídicos sobre liderança em determinados mercados etc.