Vivo ainda está avaliando edital, mas tem intenção de participar do leilão de 5G

Christian Gebara, CEO da Vivo. Foto: Reprodução

Seguindo o comunicado da Conexis, a Vivo também afirmou estar avaliando o edital do 5G aprovado pelo Conselho Diretor da Anatel na semana passada. Contudo, o CEO da companhia, Christian Gebara, confirmou que há sim uma intenção de a empresa participar do certame, e que a distribuição de blocos foi considerada adequada na faixa de 3,5 GHz.

Para o executivo, operações de 5G do grupo em outros países com o mesmo desenho proposto pela Anatel já se mostraram suficientes. "Os lotes são adequados, partimos de 80 MHz, que daria para experiências bem adequadas", declarou Gebara em participação de evento online do site Infomoney nesta segunda-feira, 1º. 

Apesar de terem sido declarados como preliminares, os valores discriminados pela Anatel (de até R$ 35 bilhões sem considerar obrigações) também serão estudados. "Ainda estamos entendendo a valoração, e ela vai passar pelo comitê do TCU [Tribunal de Contas da União]", destaca. Ele citou as obrigações de migração da banda Ku, a construção da rede privativa para o governo e os investimentos no programa Norte Conectado como fatores sendo analisados. "Ainda estamos avaliando o que está incluído e o valor final da frequência. Nossa intenção é sim, participar."

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O executivo não mencionou a participação, mas lembrou que haverá concorrência na faixa de 2,3 GHz também (além da de 700 MHz, na qual está barrada por já ter obtido licença em 2014). Mas destacou que o 5G abrirá novas oportunidades de receita, especialmente com aposta na Internet das Coisas para o mundo empresarial, mas também uma nova linha para o consumidor final com o maior consumo de dados.

Rede neutra

A Vivo também tem na estratégia a separação industrial de ativos de fibra, atualmente chamada de FiBrasil e em estágio avançado de negociação com um grande investidor internacional. A companhia reforça que essa nova empresa de rede neutra, que terá co-controle com um novo parceiro, terá a própria operadora como o maior contratante, em um desenho semelhante ao que a Oi definiu para a sua InfraCo. "Nos dá mais velocidade, construímos com menos Capex, e a gente cria uma empresa de infraestrutura no Brasil, com a Vivo como principal cliente, o que é o diferencial", destacou Gebara. 

O projeto é de adicionar até 2024 pelo menos 4 milhões de homes passed ao montante de 1,6 milhão que será separado da Vivo atual. Os aportes para isso serão do parceiro e do grupo Telefónica, por meio da subsidiária Telefônica Infra, com quem a Vivo dividirá os outros 50% do capital. 

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